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Áñez pede que Morales não provoque sentimento de revolta aos bolivianos

Jeanine Áñez, autoproclamada presidente interina da Bolívia - Aizar Raldes/AFP
Jeanine Áñez, autoproclamada presidente interina da Bolívia Imagem: Aizar Raldes/AFP

Do UOL, em São Paulo

14/12/2019 23h00

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, pediu hoje que o ex-presidente Evo Morales não provoque "atos de revolta e de terrorismo" ao povo boliviano, desde a Argentina, onde é refugiado político, e que permita que os bolivianos vivam em paz.

Jeanine Áñez disse que os bolivianos não permitiriam que mais eleições fossem "roubadas" e que Morales deve respeitar seu status de refugiado na Argentina, sem emitir declarações políticas.

"O que pediríamos é que vivamos em paz (...), espero que não cause revolta e terrorismo de onde está, porque deve respeitar seu status de refugiado. E não vamos permitir que os bolivianos roubem mais eleições", afirmou.

A presidente disse, também, que o país está em um momento de reconciliação e pacificação. Então, Morales precisaria entender que os bolivianos precisam de mudanças, segundo ela. "Estamos aqui para defender a democracia e a liberdade", acrescentou.

Morales, que deixou a Bolívia em 11 de novembro, pressionado pelas Forças Armadas para deixar a presidência, ficou por quase um mês no México, onde tinha recebido asilo. Depois de passar alguns dias em Cuba, o político e líder cocalero desembarcou no aeroporto internacional de Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires, e não passou pelo terminal de passageiros.

"Há um mês cheguei ao México, um país irmão que nos salvou a vida, fiquei triste e devastado. Agora cheguei à Argentina para continuar lutando pelos mais humildes e para unir a #PatriaGrande, estou forte e animado. Agradeço ao México e à Argentina por todo o apoio e solidariedade", escreveu.