Coronavírus: hotel usado por pessoas em quarentena desaba na China
Equipes de resgaste continuam as buscas por 23 pessoas que estão presas sob os escombros de um hotel que desabou em Quanzhou (província de Fujian), no sudeste da China, de acordo com informações da mídia estatal chinesa. Dez pessoas morreram, segundo o Ministério de Gerenciamento de Emergência da China.
De acordo com o ministério, 48 pessoas tinham sido resgatadas. Desse total, além dos 10 mortos confirmados, 38 vítimas precisaram ser levadas a hospitais.
O prédio de cinco andares era usado para abrigar dezenas de pessoas em quarentena após terem tido contato com infectados pelo novo coronavírus, que já matou milhares de pessoas no mundo, a maioria dos casos na China.
O hotel Xinjia desabou por volta das 19h30 locais (8h30 de sábado em Brasília).
A rede CGTN de notícias divulgou imagens em vídeo do que seriam as primeiras ações de resgate no local. De acordo com o site do canal, cerca de 150 pessoas estariam envolvidas na operação de salvamento.
Com 80 quartos, o hotel foi transformado recentemente em um ponto de acolhida e de quarentena para pessoas que tiveram contato com pacientes contaminados pela covid-19, relatou o jornal People's Daily.
"Eu estava em um posto de combustíveis e ouvi um barulho forte. Olhei para cima e o prédio inteiro entrou em colapso", disse uma testemunha em um vídeo no aplicativo Miaopai. "Havia poeira em todo o lugar e fragmentos de vidro no ar".
Uma mulher disse ao site Beijing News que sua irmã e outros parentes estavam em quarentena no hotel, após retornarem da província de Hubei, onde surgiu o surto da covid-19. Eles seriam liberados após completar o período de 14 dias estipulado pelo governo para conter a propagação do vírus.
"Não consigo fazer contato com eles. Eles não estão atendendo os telefones", ela afirmou. "Também estou em quarentena [em outro hotel] e estou muito preocupada, não sei o que fazer. Eles estavam saudáveis, tinham as temperaturas medidas todos os dias, e os testes mostraram que estava tudo normal".
Na rede social Twitter, várias pessoas compartilharam vídeos do que seriam as primeiras imagens registradas no local.
* Com informações da AFP e da Reuters.
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