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França proíbe encontros ao ar livre e pede isolamento à população

O presidente da França, Emmanuel Macron - Ludovic Marin - 10.set.2019/AFP
O presidente da França, Emmanuel Macron Imagem: Ludovic Marin - 10.set.2019/AFP

Do UOL, em São Paulo

16/03/2020 16h32

O presidente Emmanuel Macron, da França, fez um pronunciamento hoje e pediu para que a população fique em isolamento por pelo menos 15 dias durante a pandemia do novo coronavírus. Além disso, encontros ao ar livre serão proibidos a partir de amanhã, e o processo local para reforma da previdência foi paralisado. As fronteiras da União Europeia se fecharão por 30 dias.

"Estamos em guerra", disse o governante à nação. "Estamos em guerra, é uma guerra de saúde. É claro que não estamos lutando contra um exército ou outra nação, mas o inimigo está lá, invisível e avançando. E isso requer nossa mobilização geral."

"A partir do meio-dia [horário local] de amanhã, passear e se encontrar com amigos no parque e na rua não será mais possível. É uma questão de limitar, tanto quanto possível, os nossos contatos sociais fora de casa".

"Em todo o território francês, apenas as rotas necessárias para fazer compras essenciais devem ser mantidas, com distâncias de pelo menos um metro, sem apertos de mãos e beijos. Obviamente, serão autorizadas as viagens necessárias para ir ao trabalho nos casos em que o trabalho à distância não for possível", acrescentou Macron.

O presidente francês avisou, porém, que todas as empresas do país devem se organizar para facilitar o trabalho à distância. Ele anunciou que as fronteiras da União Europeia se fecharão por 30 dias, mas os cidadãos franceses que estiverem no exterior poderão retornar à França neste período.

"Para nos proteger e conter a propagação do vírus, mas também para preservar nossos sistemas de saúde, tomamos uma decisão conjunta entre europeus. A partir do meio-dia de amanhã, as fronteiras de entrada da União Europeia e do espaço Schengen serão fechadas. Todas as viagens entre os países europeus e a União Europeia serão suspensas", comunicou.

"Peço também que vocês mantenham a calma. Vi pânico em todas as direções nas últimas horas. Todos devemos ter um espírito de responsabilidade. (...) Evite acreditar em falsos boatos, supostos especialistas ou falsos estudiosos. A informação deve ser transparente, e nós continuaremos sendo", completou.

Leia outros trechos do pronunciamento de Macron:

Ajuda aos profissionais de saúde

"Estamos em guerra, e a nação apoiará seus filhos que estão nos hospitais, na linha de frente em uma luta que lhes pedirá determinação e solidariedade. Obviamente, devemos proteção a eles e estaremos lá. Devemos a eles máscaras, álcool gel e todo o equipamento necessário, e garantiremos isso. Também devemos garantir cuidados a seus filhos. Um serviço mínimo de creche já existe. Também lhes devemos serenidade, transporte e descanso. Por isso, decidi que de táxis e hotéis podem ser mobilizados em benefício deles. O estado pagará".

Construção de hospital do serviço militar

"Decidi, portanto, que um hospital de campanha do serviço militar será construído nos próximos dias na região de Alsácia. Os exércitos também ajudarão a mover os doentes das regiões mais afetadas e, assim, reduzirão o congestionamento nos hospitais".