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Paraguai restringe circulação de pessoas e veículos para conter pandemia

Policial polonês na fronteira entre Alemanha e Polônia após fechamento da fronteira entre os dois países como medida preventiva para lidar com coronavírus - Annegret Hilse/Reuters
Policial polonês na fronteira entre Alemanha e Polônia após fechamento da fronteira entre os dois países como medida preventiva para lidar com coronavírus Imagem: Annegret Hilse/Reuters

Do UOL, em São Paulo

16/03/2020 11h10

O governo do Paraguai vai impor uma espécie de toque recolher para tentar conter a pandemia do novo coronavírus no país. Entre 20h e 4h fica proibida a circulação de carros e de pessoas, segundo anunciou o ministro do Interior, Euclides Acevedo.

"A partir das 20 horas até as 4 horas da manhã a circulação de pessoas e veículos será absolutamente restrita. Não é um toque de recolher (...) O direito de circulação será restrito com o objetivo de sermos sérios sobre a quarentena, que é um isolamento", explicou Acevedo.

Os que desrespeitarem a medida serão denunciados à Polícia Nacional. Além disso, poderão ser alvo de multas e prisão.

O Paraguai é o primeiro país da América Latina a adotar tal medida. Dos países com casos confirmados, apenas a Argentina registrou mortes (duas até agora).

"Somos movidos por uma garantia constitucional absolutamente intransferível, inegociável e indiscutível que é a saúde pública garantida no artigo 68 da Constituição. Não apenas garante a saúde pública, como obriga os cidadãos a tomar todas as medidas sanitárias que façam referência à saúde pública", completou o ministro.

Até sexta-feira, havia seis casos confirmados de covid-19 no país. Na terça-feira, o governo suspendeu as aulas e qualquer evento com grande aglomeração de pessoas em todo o país por duas semanas.

Dois dias depois, na quinta-feira, a Direção Nacional de Aeronáutica Civil cancelou todos os voos de e para a Europa entre 14 e 26 de março. Na sexta-feira, o Ministério da Indústria e Comércio fixou os preços para produtos relacionados à prevenção do coronavírus, como álcool em gel, máscaras faciais e luvas.

O governo também aprovou a compra de US$ 80 milhões em insumos e equipamentos médicos, entre outras medidas econômicas.