Médicos protestam por falta de equipamentos e são presos, no Paquistão
Policiais armados com rifles usaram cassetetes contra médicos e outros servidores da área de saúde que protestavam em Quetta, no Paquistão, pedindo equipamentos de segurança para trabalhar durante a pandemia do novo coronavírus, de acordo com a agência Reuters.
Dezenas de médicos foram presos. A categoria afirma que o governo não cumpriu a promessa de entregar suprimentos necessários para protegê-los das infecções.
Jornalistas da Reuters no local viram centenas de médicos e paramédicos, alguns de máscaras e uniformes, entoando suas demandas. Alguns foram arrastados por policiais.
Um oficial da polícia disse que 30 manifestantes foram presos por desafiar a proibição de reuniões públicas imposta durante o bloqueio para combater a propagação do vírus. Os médicos ameaçavam parar de trabalhar, a menos que os manifestantes detidos fossem libertados.
O Paquistão registrou um total de 3.277 casos do vírus, incluindo 50 mortes. Pelo menos 191 desses casos estão na província amplamente subdesenvolvida do Baluchistão, da qual Quetta é a capital.
Abdul Rahim, porta-voz da associação de médicos que liderou o protesto, disse a repórteres após o incidente que os médicos acreditavam que a falta de fornecimento de equipamentos de segurança os colocava em risco.
"Uma dúzia de médicos foram infectados enquanto outra equipe médica também está sofrendo", disse ele. Rahim acrescentou que vários médicos e paramédicos foram feridos.
No mês passado, médicos na capital do Paquistão, Islamabad, também ameaçaram boicotar seus deveres se não recebessem equipamentos de proteção, atualmente escassos. A autoridade de gerenciamento de desastres do país disse que eles estão sendo importados em lotes.
Um porta-voz do governo da província disse à Reuters que os hospitais em Quetta que lidavam com o coronavírus receberam equipamentos de proteção, e que os médicos que estavam protestando não estavam envolvidos no combate ao vírus.
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