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Coronavírus: Trump concorda com demissão de especialista nº 1 do governo

Win McNamee/Getty Images
Imagem: Win McNamee/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

13/04/2020 12h05

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro neste domingo que concorda com a demissão do dr. Anthony S. Fauci, principal especialista em doenças infecciosas do governo, em meio à pandemia do novo coronavírus.

Fauci, que atua como diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas desde 1984, declarou recentemente que mais vidas poderiam ter sido salvas se os Estados Unidos tivessem adotado mais cedo medidas restritivas de combate ao vírus— mais de 22 mil pessoas já morreram por conta da covid-19 no país.

Em seu Twitter, Trump compartilhou uma mensagem que destacava a hastag #firefauci (despedir Fauci, em tradução) e fazia críticas ao fato de que Fauci afirmou em fevereiro que os Estados Unidos não precisavam se preocupar.

"Fauci agora está dizendo que, se Trump tivesse ouvido os médicos especialistas antes, ele poderia ter salvado mais vidas. Fauci estava dizendo às pessoas em 29 de fevereiro que não havia nada com o que se preocupar e não representava nenhuma ameaça ao público americano em geral. Hora de #FireFauci", destacou a mensagem original, compartilhada por Trump.

Segundo os veículos de imprensa norte-americano, o comentário do especialista em doenças infecciosas foi feito em referência ao surto do coronavírus no estado de Washington e Fauci chegou a afirmar que se tratava de um problema em evolução.

A forma com que o presidente dos EUA tem lidado com a pandemia tem recebido críticas desde o início. Muitos defendem que autoridades da saúde e da administração do país estavam alertando sobre o perigo do coronavírus semanas antes de Trump tomar as primeiras medidas de combate.

Após a mensagem divulgada em seu perfil, o atrito entre Trump e Fauci ficou ainda mais evidente. A relação entre eles tem sido alvo de várias especulações.

Enquanto o conflito segue em alta, o governo avalia os impactos da quarentena no combate ao coronavírus e a flexibilização ou não do distanciamento social.