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Turquia terá novo toque de recolher mesmo após medida gerar aglomerações

Presidente turco decidiu manter confinamento total aos finais de semana - Adem Altan/AFP
Presidente turco decidiu manter confinamento total aos finais de semana Imagem: Adem Altan/AFP

Do UOL, em São Paulo

13/04/2020 15h40

O presidente da Turquia seguirá com a estratégia de adotar medidas cada vez mais restritivas quanto à circulação de pessoas para combater a pandemia do coronavírus. Mesmo após o toque de recolher do último final de semana gerar grandes aglomerações na corrida por alimentos e itens básicos, Recep Tayyip Erdogan anunciou hoje que manterá a medida nesta semana.

Após reunião em seu gabinete, Erdogan confirmou que entre os dias 17 e 19 grande parte da população será submetida a um novo toque de recolher. Estima-se que 63 milhões de pessoas serão afetadas pelas medidas nas 31 principais províncias do país, que incluem grandes áreas metropolitanas de cidades como Istambul, Ancara e Esmirna.

Na última sexta-feira, o governo turco decidiu pelo toque de recolher poucas horas antes do início do final de semana. Isso levou a uma corrida da população ao comércio, o que gerou cenas de caos onde o distanciamento não foi respeitado. O caso levou o Ministro do Interior, Suleyman Soylu, a apresentar sua demissão, mas o presidente não aceitou a renúncia.

A Turquia teve um histórico de endurecimento das medidas de distanciamento social nas últimas semanas. O país começou com uma quarentena voluntária, apenas recomendando que a população evitasse aglomerações e restringindo viagens internas e internacionais.

Depois, determinou o fechamento de escolas, bares e espaços culturais. Além disso, obrigou idosos acima de 65 anos e jovens com menos de 20 anos com doenças crônicas a fazerem um confinamento total, não podendo nem sair de casa para fazerem compras. E recentemente o governo turco anunciou que vai rastrear pessoas doentes pela covid-19 por meio de um aplicativo de celular.

A Turquia vê os números de casos confirmados e mortes pelo coronavírus aumentar rapidamente. Já são 61.409 pessoas contaminadas e quase 1.300 mortes. O país aplicou testes da covid-19 em mais de 400.000 pessoas.