Entrevista de 1993 pode interferir em acusação de assédio contra Biden
Uma entrevista de 1993 ao programa "Larry King Live" voltou a circular na internet nesta semana após Tara Reade, ex-funcionária do pré-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, acusar recentemente o político de abuso sexual.
O vídeo traz a mãe de Reade contando ao apresentador Larry King que a filha enfrentou "problemas" enquanto trabalhava para um senador — que não foi identificado na declaração.
"Minha filha acabou de sair de lá, depois de trabalhar para um senador proeminente, e não conseguiu lidar com todos os problemas, e a única coisa que ela poderia ter feito foi ir à imprensa, e optou por não fazê-lo por respeito a ele", disse a mulher na ocasião.
"Em outras palavras, ela tinha uma história para contar, mas, por respeito à pessoa para quem trabalhava, ela não contou?", questionou Larry King. "Sim, é verdade", completou a mulher. Na época, Biden era senador do estado de Delaware.
Reade confirmou para a Fox News que foi a mãe dela que ligou para o programa. Segundo a emissora, o vídeo pode ser citado como evidência que apoia a alegação de Reade — apesar de sua mãe não falar em momento algum que a filha sofreu uma agressão sexual.
Entenda o caso
De acordo com Tara Reade, o suposto abuso teria acontecido no subsolo de um dos prédios do Senado norte-americano, em 1993. Ela afirmou que Biden a "jogou contra a parede, colocou a mão por baixo da sua saia e a penetrou com os dedos".
"Ele estava cochichando algo para mim e tentava me beijar ao mesmo tempo enquanto perguntava se eu queria ir a outro lugar. Eu me lembro de querer dizer para ele parar, mas não sei se gritei ou se apenas pensei nisso. Estava meio congelada", disse Reade em entrevista à agência de notícias "Associated Press".
Essa não foi a primeira vez que Reade acusou Biden. Em 2019, a ex-funcionária alegou que o ex-vice-presidente de Barack Obama (2009-2016) a "tocou de maneira inapropriada". A equipe de Biden, no entanto, negou as acusações.
Segundo Kate Bedingfield, diretora de comunicação da campanha do democrata, o político "dedicou sua vida pública a mudar a cultura e as leis sobre violência contra a mulher" e "acredita firmemente que as mulheres têm direito de serem ouvidas respeitosamente".
Após a desistência do senador Bernie Sanders, Biden se tornou o único candidato dentro do Partido Democrata e só aguarda a oficialização de sua vaga para enfrentar o republicano Donald Trump, que buscará a reeleição.
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