China tira cachorros de lista de animais que podem ser criados para consumo
A China atualizou hoje o Diretório de Recursos Genéticos Para Pecuária e Agricultura, e uma alteração chamou a atenção da comunidade internacional: cachorros foram retirados da lista de animais que podem ser criados, negociados e transportados para fins comerciais.
No mês passado, o Ministério de Assuntos Agrícolas e Rurais já havia anunciado que cães não deveriam mais ser incluídos na pecuária — ou seja, no grupo de animais que se pode criar para consumo.
"Com o passar do tempo, as ideias de civilização e hábitos alimentares estão em constante mudança, e alguns costumes tradicionais sobre cachorros também vão mudar", diz postagem feita no site do ministério.
Duas cidades chinesas já proibiram completamente o consumo de carne de cachorros e gatos: Shenzhen e Zhuhai.
As novas medidas são anunciadas nas vésperas do polêmico Festival da Carne de Cachorro de Yulin, que está programado para acontecer entre os dias 21 e 30 de junho. A Humane Society Internacional estima que 10 milhões de cachorros e 4 milhões de gatos sejam mortos para consumo todos os anos no país.
A organização explica que o festival foi criado em 2010 para aumentar as vendas da carne de cachorro no país. Ao jornal The Guardian, uma porta-voz da HSI afirmou que as novas medidas representam "um momento decisivo para o bem-estar animal na China".
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