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Autópsia particular aponta que George Floyd morreu asfixiado por policial

1º.jun.2020 - "Vidas negras importam", diz o cartaz que a mulher segura em protesto realizado em Londres, nesta segunda-feira, após a morte do afro-americano George Floyd, nos Estados Unidos - Dan Kitwood/Getty Images
1º.jun.2020 - "Vidas negras importam", diz o cartaz que a mulher segura em protesto realizado em Londres, nesta segunda-feira, após a morte do afro-americano George Floyd, nos Estados Unidos Imagem: Dan Kitwood/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

01/06/2020 16h25

A autópsia independente, conduzida por ordem da família de George Floyd, determinou que a morte dele foi "homicídio causado por asfixia" devido à compressão do pescoço e das costas, o que levou à falta de fluxo sanguíneo no cérebro". O caso, que motivou uma onda de protestos contra o racismo e o fascismo nos Estados Unidos, aconteceu no dia 25 de maio.

O advogado Ben Crump e a família de Floyd pedem a prisão de todos os policiais envolvidos no caso. Eles exigem também que o policial Derek Chauvin responda por homicídio culposo em primeiro grau.

Os médicos independentes descobriram que "a pressão sustentada no lado direito da artéria carótida do Sr. Floyd impedia o fluxo sanguíneo para o cérebro, e o peso nas suas costas dificultava sua capacidade de respirar". Eles ainda indicaram que pressão nas costas, uso de algemas e a posição foram fatores importantes que "prejudicaram a capacidade do diafragma do Sr. Floyd de funcionar".

'O que descobrimos é consistente com o que as pessoas viram [no vídeo]. Não há outro problema de saúde que poderia contribuir com a morte dele", disse o médico Michael Baden, que conduziu a autópsia. "A polícia teve a falsa impressão de que, se você pode falar, você pode respirar. Isso não é verdade."

As informações chegam após um médico legista da polícia de Minneapolis afirmar que "as condições de saúde subjacentes" poderiam ter contribuído para a morte de Floyd e que "não havia descobertas físicas que sustentassem o diagnóstico de asfixia ou estrangulamento traumático".

Floyd morreu depois que um policial branco, Derek Chauvin, o sufocou com o joelho por quase oito minutos. O incidente foi capturado em vídeo por um espectador, e a autoridade foi acusada de assassinato e homicídio culposo em terceiro grau.

Chauvin foi transferido para uma prisão de segurança máxima. Derek foi preso na sexta-feira (29), em Minneapolis. Ele é um dos quatro policiais suspeitos de envolvimento na morte de Floyd. E, até agora, o único acusado: por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Segundo a agência de notícias Associated Press, ao longo de 19 anos de carreira, Chauvin foi alvo de quase 20 queixas formais e duas cartas de reprimenda. A maioria foi arquivada.

Milhares de pessoas protestam há quase uma semana em várias cidades dos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial. A revolta provocada pela morte de Floyd se propagou por todo o país.

Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou governadores de seu país de "fracos" e cobrou deles que "dominem" os manifestantes que vêm saindo em protesto há seis noites.

De acordo com a CBS, Trump teve reunião com governadores por videoconferência e falou grosso com eles, chamando a maioria de fracos.

O presidente afirmou que as forças usadas em Washington contra manifestantes será intensificada e que os participantes dos protestos estão arruinando a imagem dos Estados Unidos.