Políticos votam para manter busto de general ligado à Klu Klux Klan nos EUA
Uma decisão do estado do Tennessee gerou uma nova onda de manifestações em Nashville (EUA). Isso porque os legisladores votaram pela manutenção do busto de um general ligado à Ku Klux Klan após pedidos da população para a sua retirada.
Por 11 votos a 5, um comitê da Câmara em Nashville decidiu, na última terça-feira, manter o busto de bronze de Nathan Bedford Forrest, um soldado confederado, no prédio do Capitólio Estadual de Tennessee. O argumento foi de que tirar o busto do Capitólio apagaria a história e poderia soar ofensivo para algumas pessoas.
O busto, que tem a inscrição "Exército dos Estados Confederados", está no prédio do governo estadual desde 1978 e já foi alvo de diversos pedidos de retirada. Forrest acumulou uma fortuna como proprietário de uma plantação e com o comércio de escravos antes de servir ao Exército Confederado durante a Guerra Civil.
Dezenas de pessoas protestaram contra a decisão em frente ao Capitólio. Os pedidos para a retirada do busto se intensificaram após os protestos antirracismo que tomaram conta do mundo desde o assassinato do norte-americano George Floyd, um cidadão negro morto por um policial branco durante uma abordagem em Minneapolis.
O deputado do partido Republicano Jerry Sexton, um dos votos contrários, sugeriu que a retirada poderia "ofender" outras pessoas. "Não era contra a lei ter escravos naquela época. Quem sabe, talvez alguns de nós sejam escravos um dia desses. As leis mudam", disse ele durante a sessão. "Mas e as pessoas que eu represento, vamos ofendê-los se mudarmos isso? Eles ficarão ofendidos. Mas isso não parece ser importante".
Do lado democrata, a deputada London Lamar afirmou que "apoiar Nathan Bedford Forrest é apoiar o racismo. "Não há maneira de contornar. Você é a favor ou contra. Ponto final", tuitou ela.
Apesar desta derrota, na quarta, os democratas conseguiram uma pequena vitória: o feriado anual de 13 de julho, quando se comemora o Dia de Nathan Bedford Forrest, não será celebrado este ano. O objetivo era cancelar por completo o feriado, mas não houve votos suficientes.
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