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Estátua do explorador britânico James Cook é pichada na Austrália

Policiais australianos vigiam a estátua de James Cook em Sydney, no último dia 11, para evitar a aproximação de manifestantes - Loren Elliott/Reuters
Policiais australianos vigiam a estátua de James Cook em Sydney, no último dia 11, para evitar a aproximação de manifestantes Imagem: Loren Elliott/Reuters

Do UOL, em São Paulo*

14/06/2020 00h01

Duas mulheres foram presas após danificar a estátua do explorador britânico James Cook na cidade de Sydney, na Austrália, na madrugada deste domingo (14). Segundo a polícia australiana, as mulheres portavam latas de tinta spray, usadas para pichar o monumento.

A polícia do estado de Nova Gales do Sul foi avisada por volta das 4h (horário local) que o monumento havia sido pichado. De acordo com o comunicado da polícia, as duas mulheres vão ser acusadas pelo crime de dano ao patrimônio.

Após a morte do norte-americano George Floyd no fim de maio, que estava sob custódia policial em Minneapolis, nos Estados Unidos, grupos antirracismo ao redor do mundo exigem que cidades removam estátuas que tenham qualquer ligação com a escravidão.

A remoção de estátuas de personagens como o traficante de escravos Edward Colston, na Inglaterra, ou Cristóvão Colombo, nos Estados Unidos, também ecoou na Austrália, onde os aborígines e os habitantes das Ilhas do Estreito de Torres foram vítimas de abuso e maus-tratos desde a colonização britânica no século XIX.

Nesse país, o debate se concentrou na remoção da estátua do capitão James Cook, que chegou à Austrália em 1770 e a declarou "Terra Nullius" (terra desabitada), apesar da presença de aborígines há mais de 50 mil anos.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse à emissora de rádio "2GB", na quinta-feira, que Cook era "uma das pessoas mais esclarecidas de seu tempo". Morrison atraiu a ira dos povos indígenas e acadêmicos quando disse que "não houve escravidão na Austrália".

(*com informações da agência Reuters e da EFE)