Governo dos EUA deixará de financiar centros de testagem do coronavírus
O governo dos Estados Unidos afirmou ontem que não vai mais financiar diretamente 13 dos seus centros de testagem do novo coronavírus em cinco estados em meio ao número crescente de casos no país, mas acrescentou que esses locais receberam recursos do governo federal para a realização dos exames.
O secretário-adjunto de Saúde, almirante Brett Giroir, disse em uma teleconferência com repórteres que os 13 locais eram os últimos entre as 41 unidades criadas pelo governo federal quando a pandemia do novo coronavírus surgiu, antes de uma mudança para programas de testagem mais recentes.
A rede de televisão NBC informou ontem que o financiamento e o suporte aos locais de testagem em Illinois, Nova Jersey, Colorado e Pensilvânia, além do Texas, terminariam em 30 de junho. Giroir chamou a reportagem de enganosa e disse que existem milhares de opções de testagem.
Giroir disse ontem que espera aumentar para pelo menos 40 milhões a 50 milhões de testes por mês até o outono, que começa em setembro nos Estados Unidos.
Ele acrescentou que conversou com líderes dos cinco estados afetados pela mudança na testagem, observando que eles haviam concordado que "era o momento apropriado para fazer a transição" para outras opções. Ele disse que os estados poderiam usar os mais de US$ 10 bilhões alocados no mês passado para programas de testagem para manter os locais abertos, se assim o desejassem.
O governo federal financia, integralmente, um programa de testagem mais recente, com 600 locais em farmácias e outros estabelecimentos de saúde, e também arca com os custos de teste de um terceiro programa executado com a rede de farmácias CVS em 1.000 locais, disse.
Após o anúncio do governo, o senador John Cornyn, do Texas, pediu à Casa Branca que estendesse o apoio aos testes em seu estado. "Está bem claro para mim e acho claro para todos nós que, com o aumento dos casos, agora não é o momento de nos retirarmos da vigilância nos testes", disse, em entrevista coletiva com repórteres.
Recorde de novas infecções
Ontem, as novas infecções por coronavírus no país atingiram uma taxa diária recorde, com mais de 35.900 infecções registradas em 24 horas, segundo uma contagem da Universidade Johns Hopkins.
A maior economia do mundo é o país mais afetado pela covid-19, com 121.969 mortos, sendo 756 óbitos nas últimas 24 horas, e mais de 2,38 milhões de casos, segundo a instituição, sediada em Baltimore, às 20h30 locais (21h30 de Brasília).
O presidente Donald Trump tem lamentado o aumento dos casos de coronavírus no país, procurando colocar a culpa no grande número de testes realizados, o que, segundo ele, faz com que os Estados Unidos pareçam em situação ruim.
Em um comício político no fim de semana, ele afirmou que pediu que os testes fossem reduzidos, algo que a Casa Branca e as principais autoridades de saúde dos EUA disseram que não havia sido formalmente solicitado.
* Com Reuters e AFP
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