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Governador da Flórida é acusado de maquiar números da covid-19 no estado

Governador da Flórida, Ron DeSantis, retirando a máscara - Joe Raedle/Getty Images
Governador da Flórida, Ron DeSantis, retirando a máscara Imagem: Joe Raedle/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

26/06/2020 10h53

O governador da Flórida (EUA), Ron DeSantis, está sendo criticado por seu papel na condução da crise do coronavírus. Segundo uma ex-aliada, ele estaria tentando esconder o número de casos da doença no estado.

Rebekah Jones era cientista de dados da covid-19 e foi demitida por "insubordinação" em maio. Ela conta que se recusou a manipular número de casos.

No Twitter, Jones disse que outros funcionários do departamento de saúde da Flórida "foram instruídos esta semana para alterar os números e começar a excluir lentamente mortes e casos, para que pareça que a Flórida está melhorando na próxima semana, antes de 4 de julho, como se eles 'tivessem superado a situação'".

Contudo, a suposta iniciativa não teria resultado prático neste mês, já que os casos confirmados passaram de 56 mil para 114 mil, mais que o dobro. E mais de 3.400 pessoas já morreram pela doença desde o início da pandemia.

O governador manteve a programação para a reabertura econômica do estado e sequer faz recomendações para que a população use máscaras de proteção, conforme pedem as autoridades de saúde.

Até mesmo aliados de DeSantis orientam o uso da máscara. Em Miami, uma das principais cidades do estado, pessoas que saírem sem máscaras serão multadas em US$ 250 (cerca de R$ 1,3 mil).

Enquanto isso, Rebekah Jones segue desafiando o governador e montou seu próprio banco de informações sobre a doença após conseguir financiamento privado.