Casal diz que apontou armas a manifestantes porque sentiu medo de morrer
O casal de advogados brancos que foi filmado apontando armas para manifestantes antirracismo do movimento Black Lives Matter ontem, em St. Louis, nos Estados Unidos, justificou ação dizendo que ficou com medo de morrer.
Em entrevista para a emissora KMOV4, Mark McCloskey disse que estava jantando com a família do lado de fora da casa quando uma multidão passou por portões de ferro que tinham sido marcados com as placas "proibida invasão" e "rua particular" na Portland Place.
"Uma multidão de pelo menos 100 pessoas destruiu os portões históricos de ferro forjado de Portland Place e correu para minha casa, onde minha família estava jantando fora, nos deixando temendo por nossas vidas", disse McCloskey.
"Isso é tudo propriedade privada. Não há calçadas ou ruas públicas. Fiquei com medo de sermos assassinados em segundos, nossa casa seria incendiada, nossos animais de estimação seriam mortos. Estávamos sozinhos diante de uma multidão enfurecida", justificou ainda o advogado.
Como salienta a emissora, o vídeo que circula nas mídias sociais mostra manifestantes abrindo e caminhando pelo portão — que não apresentava sinais de ter sido vandalizado. Não está claro quando foi realmente danificado ou quem o destruiu, diz a KMOV4.
Hoje também, a procuradora de St. Louis, Kim Gardner, disse que seu escritório está investigando o incidente, acrescentando que os manifestantes não deveriam ter sido confrontados com violência, já que as manifestações eram pacíficas.
"Estou alarmada com os eventos que ocorreram no fim de semana, onde manifestantes pacíficos foram recebidos por armas e um ataque violento. Devemos proteger o direito de protestar pacificamente, e qualquer tentativa de evitá-lo por meio de intimidação ou ameaça de força mortal não será. tolerado", escreveu Gardner no Twitter.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram os dois apontando as armas —um revólver de pequeno porte e o que aparenta ser um fuzil semiautomático— para os manifestantes que marchavam em frente à casa deles. É possível ouvi-los dizer para os manifestantes seguirem em frente, pois muitos pararam e começaram a filmar a cena.
Segundo a Businnes Insider, Mark atualmente defende um homem negro que acusa um policial de agressão, enquanto sua mulher, Patrícia, é membro do conselho de ética da Associação de Advogados do Missouri.
O casal pode ter de responder judicialmente pelo ato, pois há uma lei estadual que proíbe o uso de armas letais para praticar ameaças e ofensas a outras pessoas.
Após o vídeo viralizar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retuitou o registro. De acordo com o Washington Post, Trump retuitou o vídeo de uma rede de TV em que o casal aparecia com as armas em punho, sem comentários. Depois, apagou a publicação.
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