Após 37 anos preso, homem é declarado inocente e deixa presídio nos EUA
Preso por 37 anos, Robert Duboise deixou hoje a cadeia, em Bowling Green, no estado da Flórida (Estados Unidos), após a Justiça reconhecer sua inocência. Ele cumpria prisão perpétua sob acusação de estupro e assassinato de uma jovem de 19 anos, em um shopping do mesmo estado, em 1983.
A condenação de Duboise, segundo a agência AP, apresentava o depoimento de um informante preso e apenas uma evidência: uma suposta mordida no rosto da vítima. A mulher foi estuprada e espancada até a morte enquanto deixava o centro comercial.
Auxiliado pelo Projeto Inocência, voltado para atender casos de condenações injustas, o homem conseguiu reaver detalhes do processo.
"Estou grato", disse ele ao deixar o presídio na companhia da mãe e da irmã.
Uma advogada da unidade de revisão de condenações na região revistou mais de 3,5 mil páginas de documentos. Embora as evidências físicas do caso tenham sido destruídas, ela disse, em audiência online nesta manhã, ter conseguido rastrear parte do DNA em um kit usado para avaliar o estupro. Os resultados excluíram Duboise da análise.
"Robert sabia que o DNA não era o dele", afirmou Susan Friedman, advogada do Projeto Inocência que atuou em favor dele no caso.
Mesmo que há mais de década tenham dito que a evidência biológica havia sido destruída, ele não desistiu de provar sua inocência
Susan Friedman, advogada
Diante da nova evidência, o juiz determinou sua soltura imediata. A audiência de hoje reduziu a sentença de Duboise para igualar a pena ao tempo já passado na prisão. Outra sessão foi marcada para o dia 14 de setembro — desta vez, para anular a condenação por completo.
Inocente, Duboise já anunciou seus novos planos: aprender a mexer em um computador.
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