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Estudo diz que Trump lidera em desinformação sobre coronavírus

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o primeiro debate eleitoral com Joe Biden - Saul Loeb/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o primeiro debate eleitoral com Joe Biden Imagem: Saul Loeb/AFP

Colaboração para o UOL

02/10/2020 10h28

De acordo com um estudo da Universidade Cornell, nos EUA, o presidente Donald Trump é a pessoa mais envolvida em informações erradas sobre o coronavírus. A pesquisa apontou que ele impulsionou a divulgação de quase 40% das informações erradas que circularam. Pouco depois de o estudo ser divulgado, Trump anunciou que está com covid-19.

"A maior surpresa foi que o presidente dos Estados Unidos foi o maior condutor de desinformação sobre a Covid. Isso é preocupante, pois há terríveis implicações para a saúde no mundo real", disse Sarah Evanega, principal autora do estudo. Ela esperava que as teorias da conspiração iam aparecer em maior quantidade.

O estudo analisou 38 milhões de artigos publicados de janeiro a maio de 2020. Os pesquisadores encontraram 1,1 milhão de textos com informações falsas.

A conclusão é que as notícias falsas podem ser divididas em 11 tópicos. O principal tema foi "curas milagrosas", que inclui comentários de Trump. Ele afirmou publicamente que remédios para malária, luzes ultravioletas e desinfetantes combatiam o coronavírus.

Outros tópicos citados são, por exemplo, a teoria de que a pandemia começou em Wuhan porque pessoas comeram sopa de morcego, o que não há confirmação; e a teoria refutada de que a tecnologia 5G foi responsável pela disseminação do vírus.

Mais de 207 mil pessoas morreram com o coronavírus nos Estados Unidos. O país soma 7,2 milhões de casos confirmados.