Autodeclarado 'líder do EI na Austrália' confessa e pode ter pena perpétua

O jovem Isaac el Matari, de 20 anos, se declarou culpado por crimes de terrorismo após se tornar suspeito de tramar ataques na cidade de Sydney, na Austrália, em nome do EI (Estado Islâmico). O rapaz, que foi preso em julho do ano passado, se autointitulou "comandante-geral do EI da Austrália", de acordo com documentos da acusação. Se condenado, o homem pode pegar prisão perpétua.

A suspeita é que Isaac planejava criar uma fortaleza nas Blue Mountains, montanhas localizadas a oeste de Sydney. A intenção do "líder" seria supervisionar um contingente de combatentes do EI, identificando locais para conduzir ataques terroristas na região.

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Segundo o site do jornal britânico The Daily Telegraph, o acusado admitiu ter culpa de planejar e preparar não só terrorismo na Austrália, como também teria confessado estar por trás de incursões em países estrangeiros.

O rapaz queria, a princípio, trazer armas e explosivos para a Austrália, onde manteve um grupo de combatentes locais. De acordo com a polícia, ele teria "juntado roupas do exército americano" em preparação para ataques. Porém, se dirigiu ao consulado do Paquistão na Austrália para obter também um visto de viagem.

Pouco antes de ser preso em 2019, ele havia reservado um voo para a capital paquistanesa, Islamabad. O suspeito afirma que queria cruzar na ocasião a fronteira do Paquistão e do Afeganistão, dirigindo-se por meio de contrabando à região persa Khorasan, onde existe um enclave do EI.

As acusações ainda serão avaliadas pela Suprema Corte e o suspeito de terrorismo ainda pode ser condenado. O crime de planejar um ataque terrorista pode alcançar uma pena máxima de prisão perpétua. A próxima audiência de Isaac está marcada para o mês de novembro.