Macron anuncia 2º lockdown na França por covid e proíbe viagens regionais
O presidente francês Emmanuel Macron anunciou hoje que o país iniciará um segundo lockdown por causa da pandemia do novo coronavírus, que voltou a se intensificar na Europa nas últimas semanas. A partir de sexta-feira (30), os cidadãos franceses só poderão sair de casa para atividades profissionais essenciais. Além disso, as viagens regionais dentro da França ficarão proibidas.
Macron fez o anúncio em um pronunciamento televisionado. As novas restrições valerão pelo menos por todo o mês de novembro. No entanto, o lockdown não será tão restritivo quanto o primeiro feito na França, que durou de março a maio.
O governo francês decidiu manter o funcionamento das escolas e de indústrias essenciais, enquanto atividades não essenciais terão que ser suspensas. Nelas, está incluído o fechamento de bares e restaurantes.
O anúncio já era esperado porque a França vem registrando até mais de 50 mil novos casos de covid-19 por dia. Ontem, foram 33 mil novos diagnósticos de contaminações.
Os detalhes sobre como será o novo lockdown serão anunciados amanhã, para quando o primeiro-ministro Jean Castex anunciou uma coletiva de imprensa no final do dia.
Segunda onda pior que primeira
No pronunciamento de cerca de 20 minutos, Macron deixou clara a preocupação do governo francês com o momento atual da pandemia. O presidente disse que França está sendo "sobrecarregada por uma segunda onda que sem dúvida será mais difícil do que a primeira".
Macron disse que todas as medidas consideradas indispensáveis foram tomadas, "mas elas se mostraram insuficientes". O presidente também afirmou que os franceses, assim como os demais países europeus, foram "surpreendidos pela evolução do vírus".
No novo lockdown, além de motivos profissionais justificados, a população só poderá sair de casa por razões médicas. Os habitantes voltarão a ter que preencher um formulário para deixar suas residências, assim como foi feito em março.
Desde o início da pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a França já acumula mais de 35 mil mortes por causa da covid-19 e soma mais de 1,2 milhão de contaminados pelo novo coronavírus.
Europa sob alerta
O anúncio das medidas na França acompanha a preocupação com a crescente onda de covid-19 que assola novamente os países que já sofreram mais no início da pandemia, como Espanha e Itália. Até a Alemanha, que conseguiu controlar bem a contaminação há meses, também anunciou medidas mais restritivas hoje.
O temor maior é de que o sistema de saúde não suporte a pressão com o aumento dos casos. Nos hospitais franceses, por exemplo, mais da metade dos leitos de UTI já estão ocupados.
Segundo Makron, se o ritmo de contaminação persistir, a França terá em breve 9 mil pessoas hospitalizadas em UTIs, o que pode significar o colapso do serviço hospitalar.
*Com informações da RFI
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.