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Russo que criava 'bonecas' com cadáveres de crianças se nega a se desculpar

Anatoly Moskvin, de 53 anos, condenado em 2011 por violar túmulos de 29 meninas na Rússia - Wikimedia Commons/Reprodução/Youtube
Anatoly Moskvin, de 53 anos, condenado em 2011 por violar túmulos de 29 meninas na Rússia Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução/Youtube

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/11/2020 12h25

O historiador Anatoly Moskvin, de 53 anos, foi condenado em 2011 a cinco anos de prisão por violar túmulos de 29 meninas, roubando os cadáveres das crianças para transformá-los em "bonecas". Mas o russo teve, na época, a sentença alterada ao ser diagnosticado com esquizofrenia e foi internado em um hospital psiquiátrico. Na semana passada, o réu passou por uma nova audiência, na qual apelou para ter alta, mas se negou a pedir desculpas às famílias afetadas e o juiz renovou a internação por mais seis meses.

Durante a audiência judicial na Rússia, Moskvin disse que queria ganhar liberdade para ver sua nova namorada e cuidar da mãe idosa.

Ele se recusou a pedir desculpas aos pais das crianças cujos corpos foram roubados e violados, ao serem maquiados e vestidos com roupas, meias e botas. Algumas das peças de vestuário eram provenientes dos próprios túmulos.

"Não há pais, na minha opinião. Eu não conheço nenhum deles", disse o russo. "Além disso, eles enterraram suas filhas, e é aqui que eu acredito que seus direitos sobre elas terminaram? Então, não, eu não pediria desculpas", completou.

A investigação

Em 2011, a polícia local encontrou dentro do apartamento do russo, na cidade de Nizhny Novgorod, as "bonecas" feitas com os cadáveres, além de fotografias e placas de lápides, manuais de fabricação de bonecas e mapas de cemitérios locais.

Moskvin vivia no apartamento com a mãe, mas ela nunca suspeitou das atividades macabras do filho.

Os policiais informaram que Moskvin era um historiador especializado em estudos celtas, autor de vários livros e artigos publicados. Ele já foi professor universitário na Universidade Linguística de Nizhny Novgorod e conhecia um total de 13 línguas.