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Bush diz que 'insurreição' no Congresso lembra 'república das bananas'

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

06/01/2021 22h28Atualizada em 07/01/2021 07h38

O ex-presidente americano George W. Bush criticou na noite de hoje alguns de seus correligionários republicanos por alimentar a "insurreição" no Capitólio, comparando a situação a de uma "república das bananas". Sem citar nomes, Bush repreendeu o que ele chamou de "comportamento imprudente de alguns líderes políticos" desde o resultado da eleição presidencial, em novembro.

"Estou chocado com a falta de respeito demonstrada hoje por nossas instituições, nossas tradições e nossa aplicação da lei.", disse o ex-presidente em comunicado oficial. O republicano chamou o episódio de "insurreição" e alertou que acontecimentos como os de hoje podem causar danos ao futuro da nação americana.

É assim que se disputam os resultados eleitorais em uma república das bananas, não na nossa república democrática."
George W. Bush

Bush reforçou seu desejo de que os resultados das eleições sejam respeitados e pediu que as autoridades escolhidas pelo povo tenham o caminho livre para governar em "paz e segurança".

"Nos Estados Unidos da América, é responsabilidade fundamental de todo cidadão patriota apoiar o Estado de Direito. Para aqueles que estão decepcionados com o resultado da eleição: Nosso país é mais importante do que a política do momento.", finalizou Bush.

As manifestações violentas no Congresso

Na tarde de hoje, apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o prédio do Capitólio, sede do Congresso dos EUA, e interromperam a cerimônia de certificação da vitória de Joe Biden. Após tumulto e violência, a cidade de Washington decretou toque de recolher e a sessão foi adiada. Uma mulher não resistiu aos ferimentos após ser atingida por um projétil e morreu na noite de hoje.

Donald Trump, em suas redes sociais, pediu que os manifestantes fossem para casa e não enfrentassem a polícia, mas insistiu na narrativa de eleições fraudulentas que tem sustentado desde o fim do processo eleitoral. O perfil do Twitter do presidente americano foi suspenso por 12 horas pela rede social.

(Com informações da AFP)