Pence avisa a Trump que não pode invalidar resultado da eleição, diz jornal
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, disse a Donald Trump que não tem como impedir a certificação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais. Esse processo vai começar nesta semana e será liderado por Pence, mas ele não acredita que pode fazer aquilo que Trump quer, de acordo com o jornal The New York Times.
Trump escreveu no Twitter que "o vice-presidente tem o poder de rejeitar eleições fraudulentas". O presidente tem insistido na tese de que Biden não venceu as eleições e que ocorreram fraudes, o que não foi comprovado até hoje.
A certificação de Biden começará a ser analisada nesta semana. Para que os resultados sejam anulados, tanto a Câmara quanto o Senado teriam de concordar com isso. Como a Câmara é controlada pelos democratas, não há possibilidade realista de rejeição do resultado de qualquer estado.
Além disso, muitos senadores republicanos estão contestando a versão de Trump. Recentemente Tim Scott, da Carolina do Sul, e James M. Inhofe, de Oklahoma, afirmaram que contestar os resultados destes estados seria "uma violação do meu juramento". George W. Bush, ex-presidente, do partido de Trump, avisou que vai participar da cerimônia de posse de Biden.
As votações de seis estados são os principais focos de críticas de Trump: Michigan, Nevada, Wisconsin, Arizona, Geórgia e Pensilvânia. Mas a tendência é que a vitória de Biden seja confirmada nestes locais, resultando em 306 votos para ele no Colégio Eleitoral, contra 232 de Trump.
Apesar dessa expectativa, Pence tenta mostrar que ainda é leal a Trump, pois pretende ser candidato a presidente em 2024, herdando o eleitorado do atual presidente. Para isso, mesmo sem conseguir impedir a certificação, ele deve fazer discursos que corroborem com as teorias de Trump.
"O que Trump está pedindo é o controle do resultado, que o levará a ser declarado presidente. Isso definitivamente não está ao alcance de Pence. Mas Pence é capaz de adicionar um pouco de 'drama ao teatro', se assim desejar, forçando o Congresso a debater os resultados dos estados", explicou Edward B. Foley, diretor do programa de lei eleitoral da Ohio State University, em entrevista ao The New York Times.
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