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Biden apoia estudo que visa reparações pela escravidão, diz Casa Branca

Presidente dos Estados Unidos fez do combate ao racismo uma das suas bandeiras de campanha - Saul Loeb/AFP
Presidente dos Estados Unidos fez do combate ao racismo uma das suas bandeiras de campanha Imagem: Saul Loeb/AFP

Do UOL, em São Paulo

17/02/2021 18h59

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse hoje que o presidente americano Joe Biden apoia a realização de um estudo para avaliar possíveis reparações a descendentes de escravizados. Nos Estados Unidos, esse grupo consiste basicamente de pessoas negras que tiveram seus antepassados explorados por um sistema escravocrata com duração de quase 250 anos.

A ideia de o governo americano financiar um estudo com especialistas para determinar as consequências da escravidão na sociedade e possíveis reparações históricas existe desde 1989, quando o deputado republicano John Conyers Jr. fez a proposta de projeto de lei na Câmara dos Representantes.

Em 2019, a deputada democrata Sheila Jackson Lee reintroduziu o projeto no Legislativo americano. A proposta da parlamentar negra visa criar uma comissão para examinar os méritos da adoção de medidas reparadoras.

"Certamente apoiaríamos um estudo, mas veremos o que acontece no processo legislativo", disse hoje Psaki, no dia em que o Comitê Judiciário da Câmara discutiu a proposta.

Segundo a porta-voz, Biden "continua a demonstrar seu compromisso em tomar medidas abrangentes para enfrentar o racismo sistêmico que persiste hoje". O combate ao racismo foi uma bandeira da campanha do democrata.

Há mais de 30 anos na Câmara, o projeto de lei nunca foi votado de maneira definitiva. A proposta prevê que o papel do governo americano seja avaliado dentro da escravidão no período entre 1619 a 1865.