Aliado de Bolsonaro, premiê de Israel chama população para ser vacinada
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, virou garoto-propaganda da vacinação contra o coronavírus em seu país. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o premiê israelense aparece com um megafone chamando a população para ser vacinada.
"Venha e seja vacinado. Primeira dose, segunda dose. Levantem suas mangas e todos serão vacinados", afirma o primeiro-ministro.
A participação ativa de Netanyahu na campanha de vacinação em Israel difere da postura do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), que em várias ocasiões tentou colocar em dúvida a eficácia das vacinas. Os dois chefes de estado são aliados, e o governo brasileiro negocia a compra de um spray nasal para o tratamento da covid-19 criado em Israel.
O medicamento ainda está em fase experimental e não tem eficácia comprovada. Sua utilização no Brasil depende de aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Vídeo rebate fake news
O vídeo usa uma linguagem bem-humorada para rebater algumas fake news sobre a vacinação que circulam nas redes sociais. Uma pessoa aparece caracterizada como um palhaço e diz ter medo porque não sabe o que há nas vacinas.
"Não seja palhaço, essas vacinas foram aprovadas pelos maiores especialistas do mundo, a FDA americana. Milhões já foram vacinados e elas são seguras", afirma Netanyahu no vídeo. A FDA (Food and Drug Administration) é a agência reguladora de medicamentos nos Estados Unidos, semelhante à Anvisa.
Em outro momento, uma pessoa vestida de cachorro aparece e questiona se a vacina não poderia mudar seu DNA e fazer crescer uma cauda.
"O propósito da vacina é atacar o vírus como qualquer outra vacina que aumentou sua expectativa de vida", responde o premiê. O país utiliza, principalmente, a vacina da Pfizer, que utiliza uma tecnologia de RNA mensageiro para estimular a produção de anticorpos.
Israel é exemplo de vacinação
Israel é o país com a campanha de vacinação mais avançada no mundo. De acordo com dados da portal Our Word in Data, mantido pela Universidade de Oxford, 53,7% da população já recebeu ao menos uma dose da vacina, o que corresponde a 4,65 milhões de pessoas.
O Brasil, para efeito de comparação, aplicou a primeira dose em 2,9% de sua população, o que representa 6,2 milhões de pessoas.
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