'Índia merece nossa atenção', diz CEO do Google sobre crise de covid-19

Sundar Pichai, atual CEO do Google e Alphabet, chamou atenção para a onda de coronavírus na Índia. O país está tendo um rápido aumento nos números de contaminação e óbitos causados pela doença, sendo considerado um dos principais locais de preocupação na pandemia.

Ontem, a Índia chegou ao total de 200 mil vidas perdidas por covid-19, ficando em quarto lugar com maior taxa de mortes, atrás dos Estados Unidos, Brasil e México. Um dos grandes problemas na nação asiática é a variante que roda por lá e já chegou a, pelo menos, outros 17 locais.

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Em entrevista à CNN americana, Pichai disse: "A Índia merece nossa atenção agora". O CEO do Google, que é indiano e mora nos Estados Unidos, falou que a situação no país é desastrosa e o pior ainda está por vir.

Sobre o auxílio internacional, Pichai afirmou que companhias diferentes têm suas próprias habilidades e o governo americano, que já planeja mandar suprimentos para Índia, possui capacidades únicas.

Do nosso lado (Google), estamos focados em trazer a melhor informação. São 600 milhões de pessoas conectadas à internet e procurando sobre vacinas e testes.

O Google tem trabalhado ao lado do ministério de saúde indiano para trazer dados certeiros. A empresa fez parceria com ONGs (Organização Não Governamental) e organizações de saúde para checar as informações.

É importante que as pessoas fiquem em casa, seguras e usem máscara. Essa é a mensagem que queremos espalhar com essas parcerias.

A companhia também se mobilizou para pedir doações online e montou a plataforma Give India para apoiar famílias impactadas pela doença. Além disso, a gigante de tecnologia investiu US$ 15 milhões em campanhas de informação sobre saúde.

No planejamento de envio de suprimentos, remédios e vacinas para o país, o CEO afirmou estar envolvido em conversas voltadas para compras de insumo para imunizantes, assim eles seriam produzidos na Índia. "Essa pandemia requer uma solução global. Nos EUA, somos muito privilegiados. Precisamos trabalhar duro para distribuir a vacina pelo mundo o mais cedo possível", explicou.

Questionado sobre supostos pedidos do governo do primeiro-ministro indiano Narendra Modi para apagar posts críticos à gestão da pandemia, o CEO falou que a política do Google é seguir as leis locais, especialmente em países democráticos. "Não tivemos nenhum pedido. No passado, conseguimos trabalhar com governos ao redor do mundo e continuaremos nessa abordagem", completou.

No Brasil, ontem foram registradas mais 3 mil mortes por covid-19 em 24 horas, e o país se aproxima de um total de 400 mil óbitos. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.