Explosão em mesquita afegã em pleno cessar-fogo deixa ao menos 12 mortos
Ao menos 12 pessoas morreram hoje em razão de uma explosão que aconteceu no início das orações em uma mesquita na periferia de Cabul, no Afeganistão, segundo a polícia local. Entre os mortos está Mofti Naiman, imame da mesquita — sacerdote responsável por dirigir as rezas.
De acordo com a agência de notícias AP (Associated Press), há pelo menos 15 feridos. Até o momento não houve reivindicação da autoria da explosão, no entanto, as investigações iniciais apontam que Mofti Naiman pode ter sido o alvo da explosão.
A agência de notícias AFP informou que a explosão aconteceu mesmo diante da trégua de três dias decretada no país, que teve início ontem, e foi firmada entre os Talibãs e as forças do Afeganistão.
A proposta — realizada pelo movimento islâmico Talibã — foi aceita pelo presidente afegão, Ashraf Ghani, e aconteceu em razão do Eid al-Fitr, festa muçulmana que celebra o fim do mês sagrado de jejum do Ramadã. Este foi o quarto cessar-fogo firmado em praticamente duas décadas de conflito no país.
"Durante as orações de sexta-feira, houve uma explosão dentro da mesquita do distrito de Shakar Darah, da província de Cabul", declarou o porta-voz da polícia da capital, Ferdaws Framurz.
O porta-voz da polícia de Cabul ainda declarou que explosivos foram colocados dentro da mesquita e autoridades já haviam aberto uma investigação para apurar as circunstâncias do caso. No entanto, o porta-voz não forneceu detalhes sobre a data em que os explosivos teriam sido colocados no local.
Uma imagem que está circulando na internet mostra três corpos caídos no chão da mesquita, que aparentava estar com poucos danos estruturais, informou a AP.
Mais ataques
No domingo (9), mais de 50 pessoas — em sua maioria, estudantes do ensino médio — morreram e cerca de 100 ficaram feridas após uma série de explosões que ocorreu em frente de uma escola para meninas no distrito de Hazara de Dasht-e-Barchi, no oeste de Cabul. Segundo a AFP, esse foi o ataque mais mortal em um ano no país.
O governo afegão apontou o Talibã como autor do ataque, mas os acusados negaram qualquer responsabilidade e divulgaram um comunicado informando que a nação deveria "proteger e zelar pelas escolas".
*Com informações da AFP e Reuters
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