MP do Egito pede prorrogação de prisão de brasileiro acusado de assédio
O Ministério Público do Egito pediu a prisão preventiva do médico brasileiro Victor Sorrentino, que foi preso no país após publicar um vídeo em que aparece assediando uma muçulmana. A informação do pedido foi publicada na conta oficial do órgão no Twitter.
O texto diz que o Ministério Público pediu a prisão provisória do brasileiro, por quatro dias, enquanto aguarda as investigações. O post ressalta que o brasileiro é acusado de "agredir sexualmente uma garota egípcia" usando as redes sociais e, assim, teria violado "os princípios e valores da família e da sociedade egípcia" além de violar "a vida privada da vítima".
A prisão de Vitor Sorrentino foi feita no último domingo (30), após o Ministério do Interior do Egito identificar o médico e a vítima, uma vendedora muçulmana. O vídeo, postado no Instagram do médico brasileiro - que tem quase 1 milhão de seguidores -, viralizou e circulou no país, levando denúncias às autoridades locais.
Nele, Sorretino faz comentários sexistas em português para a mulher, que o vendia papiro - folha de madeira usada para escrita no Egito Antigo. "Vocês gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?", pergunta o médico gaúcho, que completa: "o papiro comprido."
Sem entender o que era dito, a vendedora respondeu "Si", rindo. "Tá! Maravilha", responde o médico brasileiro.
Lei egípcia
No Egito o assédio sexual foi criminalizado em 2014 e a lei prevê de multas ou seis meses a três anos de prisão. Desde 2020, no entanto, o parlamento egípcio aprovou uma lei para manter em sigilo a identidade das vítimas de agressão e assédio sexual para proteger a reputação delas, e incentivá-las a registrarem os casos.
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