Farmacêutico que sabotou doses de vacina é condenado a 3 anos de prisão
O farmacêutico americano, Steven Brandenburg, que tentou destruir cerca de 500 doses de vacina contra covid-19 porque acreditava que não era seguro para as pessoas foi condenado a três anos de prisão federal, nesta terça-feira (09).
Segundo um comunicado à imprensa do Departamento de Justiça dos EUA, o homem removeu intencionalmente os frascos de vacina Moderna - que deve ser mantida em uma temperatura específica para permanecer eficaz - de uma unidade de refrigeração de hospital durante dois turnos noturnos, em dezembro de 2020.
Ele afirmou que era cético em relação às vacinas em geral, especificamente à Moderna. Investigadores explicaram que ele é adepto confesso de teorias conspiratórias.
O homem não conseguiu estragar as vacinas. E parte delas já foi utilizada em algumas pessoas, com consentimento de todas. Não há provas de que as vacinas tenham sofrido danos, de acordo com o hospital onde elas foram aplicadas.
"Brandenburg reconheceu que depois de deixar as vacinas por várias horas todas as noites, ele as devolvia à geladeira para serem usadas na clínica de vacinas do hospital no dia seguinte", disse o comunicado. "Antes que toda a extensão da conduta de Brandenburg fosse descoberta, 57 pessoas receberam doses da vacina desses frascos."
Brandenburg se desculpou antes que o juiz distrital dos EUA, Brett Ludwig, o sentenciasse nesta terça-feira, segundo a afiliada da CNN WTMJ.
"Não tinha o direito de tomar esta decisão", disse Brandenburg, acrescentando que se sente "péssimo" e está "desesperadamente arrependido e envergonhado".
O farmacêutico trabalhava para a Aurora Medical Center, em Grafton, no estado de Wisconsin. "Com a segurança sempre nossa prioridade, continuamos avançando após as ações desprezíveis desse indivíduo. Desde este incidente, nosso programa de vacinação bem-sucedido continuou com mais de 700.000 doses administradas até o momento", disse o advogado da Aurora Health, à emissora americana CNN.
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