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Avião com 28 pessoas a bordo cai na Rússia; não há sobreviventes

Avião é visto em Petropavlovsk-Kamchatsky, Rússia, em imagem de arquivo divulgada pelo Ministério de Emergências da Rússia - Ministério de Emergências da Rússia/via Reuters
Avião é visto em Petropavlovsk-Kamchatsky, Rússia, em imagem de arquivo divulgada pelo Ministério de Emergências da Rússia Imagem: Ministério de Emergências da Rússia/via Reuters

Do UOL, em São Paulo*

06/07/2021 07h00Atualizada em 06/07/2021 09h44

As equipes de resgate encontraram destroços de um avião que caiu hoje com 28 pessoas a bordo na península de Kamchatka, no extremo oriente da Rússia. Não há sobreviventes, disseram agentes de resgate, segundo agências de notícias russas.

O Antonov An-26 de duas turboélices ia da capital regional Petropavlovsk-Kamchatsky a Palana, um vilarejo no norte da península de Kamchatka, quando perdeu contato com o controle de tráfego, disse o Ministério de Emergências.

"Os socorristas encontraram destroços do avião", afirmou a Rossaviatsia em um comunicado enviado à AFP. A nota destaca que o trabalho é "difícil" devido à geografia da região.

"A operação de resgate está acontecendo com equipamentos especiais, um veículo com 26 socorristas", completou a Rosaviatsia.

As agências de imprensa russas informam que das 28 pessoas a bordo, 22 eram passageiros e seis, integrantes da tripulação.

Os destroços foram encontrados de "quatro a cinco quilômetros" do aeroporto de Palana, na costa do mar de Ojotsk.

Uma parte da fuselagem está em terra e "a segunda parte foi localizada no mar a quatro quilômetros da costa", afirmou a Marinha russa, segundo a agência de notícias Interfax.

Citando fontes, a agência relatou que se acredita que o avião tenha caído em um penhasco quando se preparava para pousar em condições de baixa visibilidade.

O avião deveria ter pousado às 15h50 (2h50 de Brasília), mas as autoridades regionais informaram que perderam contato com a aeronave a nove quilômetros de seu destino.

A aeronave era operada por uma pequena companhia local em Kamchatka, uma vasta península pouco habitada no extremo leste da Rússia.

O clima na área estava nebuloso no momento em que o avião desapareceu, relataram agências de notícias russas. A Tass disse que a aeronave envolvida estava em uso desde 1982.

A maioria dos passageiros era originária de Palana, uma pequena cidade de menos de 3.000 habitantes. A prefeita do município, Olga Mokhiriova, e uma criança nascida em 2014 estavam a bordo do avião, de acordo com uma lista de passageiros publicada no site do governo regional.

Acidentes frequentes

A Rússia, conhecida pelos acidentes de aviação, melhorou a segurança no tráfego aéreo nos últimos anos, quando as companhias do país trocaram as antigas aeronaves soviéticas por outras mais modernas.

Mas o país ainda sofre com a falta de manutenção e normas flexíveis de segurança: vários acidentes aéreos fatais foram registrados recentemente.

O último aconteceu em maio de 2019, quando um Sukhoi Superjet da companhia Aeroflot sofreu um acidente durante o pouso e pegou fogo na pista de um aeroporto de Moscou, uma tragédia que deixou 41 mortos.

Em fevereiro de 2018, um Antonov An-148 da Saratov Airlines caiu pouco depois da decolagem perto de Moscou e as 71 pessoas a bordo morreram. Uma investigação determinou que o acidente foi provocado por falha humana.

Também são frequentes na Rússia os incidentes não fatais, que provocam o desvio de voos ou pousos de emergência, geralmente por problemas técnicos.

Em agosto de 2019, um avião da Ural Airlines com mais de 230 pessoas a bordo fez um pouso quase milagroso em um campo de milho perto de Moscou depois que um motor sugou alguns pássaros durante a decolagem.

Em fevereiro de 2020, um Boeing 737 da Utair com 100 pessoas a bordo caiu no norte da Rússia por um problema no sistema de pouso, mas o incidente não provocou mortes.

O transporte aéreo também enfrenta condições de voo difíceis nas regiões do Ártico e do extremo oriente, onde aviões e helicópteros são o meio de transporte mais usado para chegar a cidades e vilarejos remotos.

* Com informações da AFP, Reuters e RFI