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Estátua pode revelar impressão digital de Michelangelo, 500 anos depois

Escultura foi criada por Michelangelo há mais de 500 anos - Divulgação/ Victoria & Albert Museum
Escultura foi criada por Michelangelo há mais de 500 anos Imagem: Divulgação/ Victoria & Albert Museum

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/07/2021 18h09

Um grupo de especialistas do Victoria & Albert Museum (V&A), de Londres, na Inglaterra, descobriu, em uma pequena estátua de cera, o que eles acreditam ser uma impressão digital de Michelangelo. A marca em uma escultura vermelha escura foi revelada no primeiro episódio da série da BBC Secrets of the Museum.

A digital teria aparecido depois que a peça, de 500 anos, foi transportada de seu local original para um depósito com temperatura mais amena, no porão da instituição. A mudança foi realizada para proteger a peça do aumento da temperatura enquanto o museu ficaria fechado.

Imagem em detalhe da impressão digital de Michelangelo - Reprodução/ BBC - Reprodução/ BBC
Detalhe da marca que os especialistas acreditam ser a digital de Michelangelo
Imagem: Reprodução/ BBC

Cinco meses depois, a obra foi devolvida ao local de origem e os especialistas perceberam o que seria a impressão digital em sua superfície. Os profissionais acreditam que a marca se tornou visível devido às mudanças na composição química da cera causadas pela flutuação da temperatura ou dos níveis de umidade.

"É uma perspectiva empolgante que uma das impressões de Michelangelo possa ter sobrevivido na cera. Uma digital seria uma conexão direta com o artista", disse Peta Motture, um dos curadores seniores do V&A em comunicado à imprensa.

A estátua, com menos de 18 centímetros, intitulada "A slave" (em português, "um escravo"), era o esboço para a escultura de mármore inacabada chamada "Jovem escravo", que seria feita para a tumba do Papa Júlio II, morto em 1513, em Roma.

O projeto original, planejado em 1505, teria 40 estátuas em tamanho original, mas a ideia não foi para a frente e o complexo acabou sendo construído de maneira reduzida na igreja de San Pietro in Vincoli, em Roma, quatro décadas depois.

Mais detalhes sobre a descoberta devem ser revelados nos próximos episódios da série.