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Tumulto no portão do aeroporto de Cabul deixa 17 feridos

Do UOL, em São Paulo

18/08/2021 08h57Atualizada em 18/08/2021 09h15

Dezessete pessoas ficaram feridas hoje em um tumulto no portão do aeroporto na capital afegã, Cabul, disse um oficial de segurança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), citado pela agência Reuters.

O tumulto ocorreu em meio à intensificação das operações de evacuação que países ocidentais têm feito para tirar seus cidadãos do país depois que o Taleban tomou Cabul.

Mais de 2,2 mil diplomatas e outros civis foram evacuados do Afeganistão em voos militares, disse um oficial de segurança das forças ocidental à Reuters.

Civis afegãos que pretendem ir embora do país depois que o Taleban tomou o poder foram instruídos a não se reunir no aeroporto, a menos que tivessem passaporte e visto para viajar, disse o oficial, que trabalha no aeroporto.

O Taleban disse que deseja a paz, não se vingará de velhos inimigos e respeitará os direitos das mulheres no âmbito da lei islâmica. Mas milhares de afegãos, muitos dos quais ajudaram as forças estrangeiras lideradas pelos Estados Unidos ao longo de duas décadas, tentam deixar o país.

O funcionário, que não quis ser identificado, disse não ter ouvido nenhum relato de violência cometida por combatentes do Taleban fora do aeroporto.

Na chegada à Alemanha, afegãos relatam pânico

Cidadãos afegãos que chegaram à Alemanha na manhã de hoje descreveram cenas de horror que presenciaram no aeroporto de Cabul antes de conseguirem embarcar nos aviões militares alemães.

Os relatos foram publicados pela agência Reuters no aeroporto de Frankfurt, onde chegaram homens, mulheres e crianças que conseguiram deixar o Afeganistão.

Segundo a agência, nenhum dos poucos que falaram com os repórteres mencionou seus nomes ou o que faziam no Afeganistão por temerem retaliações contra familiares.

"Tivemos que forçar a entrada e meu filho caiu. Estávamos com medo, mas conseguimos. Um cara americano mostrou boa vontade e percebeu que estávamos totalmente exaustos. Ele pegou os passaportes para verificar se eram autênticos. Aí ele disse 'tudo bem, pode entrar'. Outros atrás choraram e deitaram no chão. Foi assustador", contou uma mulher.

* Com informações da agência Reuters