Talebans serão julgados por suas ações e não por suas palavras, diz Johnson
Os talebans "serão julgados por suas ações e não por suas palavras", afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, durante uma sessão no Parlamento dedicada ao Afeganistão.
"Julgaremos este regime com base nas escolhas que faz e por suas ações, não por suas palavras, por suas atitudes em relação ao terrorismo, ao crime e às drogas, assim como a respeito do acesso humanitário e aos direitos das meninas a receber educação", disse o chefe de Governo conservador para os deputados.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com Johnson sobre a situação no Afeganistão e concordou com ele em realizar uma reunião virtual dos líderes do G7 na próxima semana para discutir uma estratégia e abordagem comuns.
Nos últimos dias, o premiê britânico tem expressado seu desejo de realizar um encontro do grupo, que reúne Reino Unido, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e União Europeia, para debater a crise no país após o Taleban assumir o controle.
O grupo fundamentalista deu ontem sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o poder, no último domingo.
O porta-voz Zabihullah Mujahid disse se tratar de um "momento de orgulho para a nação" e afirmou que as mulheres poderão trabalhar e estudar "dentro de nossas estruturas", conforme a sharia, a lei islâmica, sem dar detalhes sobre o que isso significaria na prática.
O Taleban impõe uma interpretação radical e estrita da lei islâmica que restringe severamente os direitos das mulheres.
Quando questionado sobre o risco de o país abrigar terroristas da Al-Qaeda, Mujahid afirmou que "o solo do Afeganistão não será usado contra ninguém".
Após ter retomado o comando do país, o Taleban agora trabalha na formação de um governo e vem tentando vender uma imagem de "moderado" para facilitar seu reconhecimento pela comunidade internacional.
Apesar disso, essa imagem de moderação ainda é vista com ceticismo tanto pela comunidade internacional como internamente.
O governo britânico anunciou ontem que está pronto para receber até 20 mil refugiados afegãos "a longo prazo", com autorização de residência permanente.
* Com informações da AFP e Ansa
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.