Golpistas tentam fraudar prova escondendo aparato em chinelos e são presos
Dez pessoas foram presas na Índia por trapacearem em um exame público para seleção de professores usando dispositivos Bluetooth escondidos em seus chinelos, segundo a polícia local.
Esse tipo de trapaça tem sido um problema na Índia e, durante os exames para o concurso realizado no domingo, envolvendo 1,6 milhão de estudantes no estado de Rajasthan, a polícia teve permissão para bloquear a internet móvel durante os testes.
Mas um grupo planejou contornar isso com dispositivos escondidos nas solas de seus chinelos. Eles poderiam receber chamadas comuns, que seriam transmitidas via bluetooth para minúsculos receptores escondidos em seus ouvidos.
O plano era que cúmplices do lado de fora dos locais de prova utilizassem as engenhocas ocultas para ditar aos candidatos fraudadores as respostas corretas para os exames, explicou Priti Chandra, policial da cidade de Bikaner, no oeste do país.
Mas o grupo de candidatos a professores foi preso agindo de forma suspeita do lado de fora da sala de exames na noite anterior à descoberta dos dispositivos em seus chinelos.
"Estávamos cientes da possibilidade de haver trapaça, mas pensamos que ocorreria o vazamento de algum papel com as respostas ou que alguém usaria a internet. Por isso o acesso se tornou restrito em muitas cidades", disse Chandra à AFP. "Mas esse era um modus operandi totalmente novo. (Eles) estão ficando muito experientes em tecnologia."
As investigações revelaram que pelo menos 25 alunos compraram esses chinelos de uma gangue por 600.000 rúpias (R$ 44 mil) o par.
A informação foi compartilhada com vários outros distritos a tempo antes do início dos exames e muitos centros pediram aos alunos que deixassem seus calçados fora da sala de provas.
"Em um caso, pegamos um aluno após o exame e tivemos que levá-lo a um médico para identificar e remover o dispositivo Bluetooth de seu ouvido", disse Chandra.
A trapaça vem se tornando comum na Índia nos concursos públicos, exames em universidades e até mesmo provas escolares comuns e as autoridades têm lutado contra métodos cada vez mais sofisticados para ajudar as pessoas a passar.
Isso inclui desde profissionais que ganham a vida se passando por outras pessoas e fazendo exames em seu lugar a gangues que roubam ou obtêm ilegalmente gabaritos das provas e depois os vendem.
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