Grupo de lontras ataca moradores e cachorros, no Alasca

O Departamento de Pesca e Caça do Alasca (ADFG) registrou ataques de lontras, da espécie Lontra Canadensis, em Anchorage. Segundo as autoridades, só no mês de setembro foram três ataques, envolvendo pessoas, incluindo uma criança de nove anos, e cães da região. Há a suspeita que o comportamento violento tenha relação com infecção por raiva.

Uma das vítimas foi Ayden Fernandez. A criança estava acompanhada do irmão, gravando em vídeo os animais em um lago, quando um dos espécimes se separou do grupo e o atacou. Ele foi socorrido e recebeu a vacina antirrábica.

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A mãe do garoto, Tiffany Hernandez, contou que, enquanto o filho fugia, o bicho o atacou pelas costas. "Ele tem duas marcas de presas na parte de trás da coxa e uma na frente, em cada perna", disse em entrevista ao Anchorage Daily News.

De acordo com o ADFG, ainda no mês passado, uma mulher foi mordida após tentar salvar o seu cachorro do grupo. E um segundo cão foi vítima das lontras. Um alerta foi emitido recomendando cuidado ao se aproximar de lagos e rios locais.

Histórico

Não é de hoje que as lontras do local se tornam agressivas. Em 2019, outros dois incidentes distintos a cães foram registrados. Segundo o Huffpost, ambos animais foram arrastados para dentro d'água, mas, felizmente, conseguiram sobreviver.

"Considerando a raridade desse comportamento em lontras, o fato de que nosso primeiro ataque relatado foi em 2019 e que já aconteceu várias vezes desde então, é muito provável que este seja um grupo que permaneceu junto por um tempo ou que se reuniu com frequência durante um período de tempo", esclareceu o especialista David Battle.

Embora as autoridades estejam procurando pelos animais, o biólogo acredita que seja difícil encontrá-los, pois o grupo não se mantém em um território fixo. Contudo, assim que forem identificados, o ADFG informou que irá remover as lontras do grupo e fazer testes nos mamíferos que eventualmente morram com raiva.