Mulher sofre estupro dentro de trem e passageiros não fazem nada, nos EUA
Uma mulher foi estuprada dentro de um trem no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, enquanto outros passageiros omitiram socorro, assistindo à cena sem intervir, na última quarta-feira (13), segundo a polícia local. Alguns dos presentes teriam tirado fotos e feito vídeos da cena, mas sem intervir ou ligar para a emergência. As informações são do jornal norte-americano The Washington Post.
Vídeos de câmeras de segurança mostraram um homem entrando na composição e sentando ao lado da vítima. Ele conversa com ela e "gradualmente" fica agressivo, até que rasga as roupas da moça e começa o ataque sexual.
"Ele sentou ao lado dela para conversar", afirmou Timothy Bernhardt, superintendente de polícia na cidade de Upper Darby, vizinha à Filadélfia, que ficou responsável pela investigação. "E então ele dominou completamente a mulher e usou a força para estuprá-la", disse ao jornal.
O caso chegou às autoridades policiais apenas após um alerta de uma funcionária da SEPTA, a agência de transporte público da Pensilvânia, afirmou Andrew Busch, porta-voz da companhia, em nota.
Um outro funcionário, do departamento de polícia da SEPTA, entrou no trem na estação 69th Street Transportation Center, em Upper Darby, e socorreu a vítima. Segundo o Post, entre 80 e 90 mil pessoas viajam diariamente na linha Market-Frankford, em que o ataque foi registrado.
No total, a violência, segundo o The Washington Post, durou cerca de 8 minutos.
"Se alguém que testemunhou isso tivesse ligado para o 911 é possível que nós pudéssemos ter agido mais cedo", lamentou Busch, lembrando o número de discagem rápida para a emergência dos Estados Unidos.
O suspeito do crime, identificado como Fiston Ngoy, de 35 anos, foi indiciado por diversos crimes, incluindo estupro e a chamada "agressão sexual agravada", cometida na frente de outras pessoas, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo jornal. Ele está detido e sua fiança foi fixada em US$ 180 mil (o equivalente a R$ 992 mil).
A mulher foi levada a um hospital para verificações médicas. Sua identidade foi preservada.
"Eu conversei com a vítima ontem e ela é uma mulher incrivelmente forte", apontou Bernhardt, em entrevista à mídia local no sábado (16). "Ela conseguiu identificar o homem que a atacou, nos contar o que aconteceu e agora está trabalhando para superar isso".
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