Bilionário aliado de Putin é alvo de abordagem do FBI, nos EUA
O FBI realizou nesta manhã uma batida policial na mansão do oligarca russo Oleg Derispaska, em Washington (EUA). O órgão federal não informou o motivo da operação surpresa.
Documentos vazados do governo norte-americano mostram que o Bank of New York Mellon movimentou mais de US$ 1,3 bilhão de 1997 até 2016 em transações vinculadas a Deripaska. O governo norte-americano classificou o bilionário como "um dos indivíduos detentores de ativos e lavagem de dinheiro em nome do presidente russo, Vladimir Putin", de quem Derispaska declara-se aliado.
Desde 2008, Deripaska tem sido alvo de reportagens na mídia internacional que o conectam ao crime organizado. As autoridades norte-americanas impuseram sanções contra ele e suas empresas em 2018, sob justificativa de que ele havia sido acusado de ameaçar a vida de rivais corporativos, subornar um funcionário do governo russo e ordenar o assassinato de um empresário. Deripaska nega as acusações.
Em 2019, o governo Trump suspendeu sanções financeiras a três companhias ligadas ao oligarca. Os bloqueios contra o próprio Deripaska permanecem, e ele chegou a processar o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos na tentativa de revertê-las.
Em seu escrito, Deripaska afirmou que a sanção dos EUA destruiu efetivamente sua riqueza, reputação e ativos globais conquistados com muito esforço. Em junho deste ano, um tribunal do distrito de Washington rejeitou a ação.
Deripaska acumulou sua fortuna como fundador do Basic Element, um grupo industrial de energia e construção. Ele foi considerado a pessoa mais rica da Rússia e a nona mais rica do mundo em 2008, mas sua fortuna sofreu um golpe devido à quebra dos mercados em meio à crise financeira daquele ano. A fortuna de Deripaska é atualmente estimada em US$ 5 bilhões.
Interferência eleitoral
Ainda em 2018, os Estados Unidos emitiram sanções contra Oleg Deripaska, entre outros indivíduos suspeitos de terem tentado interferir nas eleições presidenciais norte-americanas de 2016, em favor do ex-presidente Donald Trump, eleito à época.
"O governo russo está envolvido em uma série de atividades maliciosas no mundo, incluindo a ocupação da Criméia e incitamento à violência no leste da Ucrânia, o fornecimento de armas para o regime de Assad enquanto bombardeava seus civis, tentativa de subverter democracias ocidentais e atividades cibernéticas malignas", afirmou o governo à época.
À época, o magnata russo teve repetidamente negado o visto para entrar nos Estados Unidos por causa de seus supostos vínculos com o crime organizado. Em resposta, o governo russo concedeu a Deripaska um visto diplomático.
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