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Indiano mantém braço erguido há mais de 45 anos: 'Destruí uma parte de mim'

Amar Bharati mantém o braço erguido e os punhos cerrados em busca da iluminação. - Reprodução de vídeo/Galileo
Amar Bharati mantém o braço erguido e os punhos cerrados em busca da iluminação. Imagem: Reprodução de vídeo/Galileo

Colaboração para o UOL

07/12/2021 10h21Atualizada em 07/12/2021 13h48

O sadhu indiano Amar Bharati afirma estar com o braço direito levantado há mais de 45 anos. Com os punhos cerrados e unhas longas e espiraladas, ele mantém o gesto sob qualquer circunstância, pois essa é a sua maneira de demonstrar devoção a Shiva, um dos deuses supremos do hinduísmo. Sadhu é um termo que pode ser usado para se referir a místicos ou monges andarilhos.

Até o início da década de 1970, Bharati trabalhava em um banco e era casado com uma mulher com a qual teve três filhos. Então, em uma manhã, decidiu mudar de vida e saiu pela Índia em peregrinação. Após três anos de andanças e estudos sobre o hinduísmo, decidiu erguer o braço permanentemente, em busca do caminho da iluminação.

"O início foi muito doloroso. Minha mão ficou inchada por seis, sete meses, mas depois o inchaço passou", contou o sadhu em entrevista concedida ao programa de TV alemão "Galileo".

É uma tradição antiga. Alguns ficam em uma perna só, outros param de falar, já eu mantenho meu braço erguido. Eu destruí uma parte de mim para me conectar com Deus.

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Braço erguido permanentemente é um expressão de fé para sadhu indiano
Imagem: Reprodução de vídeo/Galileo

Hoje, as mãos não se abrem mais e o braço está possivelmente inutilizado, já que a posição permanente pode ter causado danos nos nervos e na circulação sanguínea. As unhas, nunca cortadas, cresceram em espiral, mas, eventualmente, algumas delas se quebram, antes de começarem a crescer novamente.

Desde que iniciou a provação, Bharati realiza todas as atividades apenas com a mão esquerda, bastante utilizada para cumprimentar pessoas e fazer sinais religiosos.

Considerado um sábio, ele é procurado por muitos, não à toa conseguiu construir um pequeno templo perto de sua modesta casa, graças a doações feitas por seguidores.

Veja imagens do shadu, na reportagem em alemão: