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França: Governo autoriza que médicos com covid-19 atendam pacientes

O Ministério da Saúde francês pede que esses profissionais evitem contato com pacientes não vacinados - Reuters
O Ministério da Saúde francês pede que esses profissionais evitem contato com pacientes não vacinados Imagem: Reuters

Colaboração para o UOL

05/01/2022 13h46Atualizada em 05/01/2022 13h46

O Ministério da Saúde francês autorizou, nesta semana, que profissionais de saúde infectados pelo coronavírus atendam pacientes. De acordo com a Associated Press, o objetivo do governo é aliviar a escassez de pessoal em unidades de saúde em meio ao aumento de casos da covid-19.

A medida definida pelo governo da França como paliativa e extraordinária é implementada em hospitais, lares de idosos, consultórios médicos e outros serviços essenciais de saúde. A agência de notícias obteve o comunicado divulgado pelo ministério.

Fora do setor de saúde, as regras de quarentena no país europeu exigem pelo menos cinco dias de isolamento para pessoas totalmente vacinadas com teste positivo.

Médicos, funcionários do hospital e cuidadores de deficientes e outras pessoas vulneráveis vão continuar trabalhando, apesar do teste ser positivo, desde que estejam totalmente vacinados e não apresentem tosse ou espirro.

Evitar contato

No comunicado, o Ministério da Saúde alerta que, sempre que possível, os trabalhadores infectados não entrem em contato com pacientes não vacinados ou com maior risco de adoecimento grave pela covid-19.

Esses profissionais também devem limitar ao máximo suas interações com os colegas e não podem participar de atividades compartilhadas onde as máscaras são retiradas, como intervalos para comer e beber.

Em entrevista à rádio France Inter, na segunda-feira (3), o ministro francês da Saúde, Olivier Véran, alertou a população sobre o crescimento de casos de infecções pelo coronavírus após o surgimento da cepa ômicron.

"O risco que corremos com a ômicron é o da saturação de leitos hospitalares convencionais em nossos hospitais", afirmou o ministro francês. "A ômicron é menos perigosa, causa menos casos de desconforto respiratório agudo e a necessidade de leitos de UTI é menor em relação a outras variantes. No entanto, pacientes mais sensíveis, podem apresentar quadros de febre alta, que precisam de três ou quatro dias de oxigênio, o que aumenta o fluxo de pacientes em leitos convencionais", explicou.

Nova variante

Ontem (4), foi divulgado que pesquisadores franceses identificaram uma nova variante do coronavírus, batizada de "Ihu".

No final de dezembro último, esses estudiosos publicaram um pré-estudo, ainda pendente de validação por seus pares, sobre esta cepa denominada B.1.640.2, sobre a qual ainda se conhece muito pouco, levando em consideração o número limitado de casos registrados.

O primeiro caso dessa variante foi identificado pelos cientistas na cidade de Forcalquier, no departamento de Alpes da Alta Provença.