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Homem pega prisão perpétua por matar o feto de sua namorada grávida

Asa Davison foi condenado à prisão perpetua por agredir namorada grávida e matar o bebê não nascido - Divulgação/Dorset Police
Asa Davison foi condenado à prisão perpetua por agredir namorada grávida e matar o bebê não nascido Imagem: Divulgação/Dorset Police

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/01/2022 20h22

Um homem foi condenado à prisão perpétua hoje (6), por ser considerado culpado de matar um feto após agredir a namorada, em Gillingham, no Reino Unido. O motivo teria sido por ele não aceitar que ela tivesse engravidado de outro homem, de relacionamento anterior.

Asa Davison, 35, atacou Isabelle Irish, então com 29 semanas de gravidez, com o propósito de matar a criança, em maio de 2020. O agressor, que já apresentava um histórico de violência doméstica, desferiu socos e chutes no estômago da vítima e a arrastou ao longo de uma estrada.

Isabelle foi encontrada encolhida no jardim dos fundos de uma casa pelo proprietário do imóvel, que chamou a polícia. Ela foi levada ao hospital e uma varredura não detectou nenhum batimento cardíaco fetal.

Davison foi considerado culpado do delito após um julgamento no Tribunal da Coroa de Bournemouth. Ele foi classificado como 'altamente perigoso' para as mulheres. O agressor também foi condenado à prisão perpétua, com uma pena mínima de 12 anos antes de qualquer possibilidade de decisão sobre liberdade condicional.

Durante o julgamento, a juíza Johannah Cutts declarou: 'Durante todo o processo, você afirmou que apenas ajudou a Srta. Irish, mas rejeitei totalmente essa evidência. Você não é um cavaleiro em um cavalo branco. Você era um homem controlador e violento. Não hesito em considerá-lo perigoso. Você se propôs não apenas a causar lesões corporais realmente graves em sua namorada grávida, mas também a matar o filho que estava por nascer", disse. "Como parceira, ela tinha direito ao amor e ao apoio, mas você lhe causou ferimentos, dores físicas e a forçou a dar à luz uma criança morta", completou a juíza.

"Suas condenações anteriores mostram uma tendência para agressão doméstica. Você representa, a meu ver, um nível muito alto de periculosidade para aqueles com quem se relaciona", finalizou.

Isabelle Irish já estava grávida quando iniciou um relacionamento com Asa Davison ainda em 2020. Embora ele tenha dito à namorada que eles poderiam continuar a ser um casal depois que o bebê dela nascesse, o ressentimento dentro dele apenas se agravou.

De acordo com informações divulgadas pelo tabloide britânico DailyMail, a polícia recuperou as gravações do telefone de Davison. Em um dos trechos, foram encontradas ameaças à Isabelle e ao filho. 'Me parte o coração o fato de o bebê não ser meu', disse Davison. 'Eu não dou a mínima para o seu bebê', declarou.

As agressões físicas começaram em 29 de maio de 2020, quando Asa foi visto seguindo sua parceira em uma rua.
Uma testemunha também afirmou às autoridades que o viu tratando a mulher 'como um cachorro na coleira' antes de chutá-la na barriga. Já outro, ouviu um som como 'alguém arrastando um saco de compostagem' rua acima.

Apesar das constantes agressões, Isabelle permaneceu com Davison. Em seguida, a partir de setembro de 2020, ele voltou a atacá-la novamente.

Asa Davison foi considerado culpado em quatro acusações, incluindo lesão corporal e lesão com intenção de matar.