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Em meio a tensões, Ucrânia anuncia plano para aumentar exército

Rússia concentrou mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia - REUTERS/Maksim Levin
Rússia concentrou mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia Imagem: REUTERS/Maksim Levin

Do UOL*, em São Paulo

01/02/2022 10h06

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou hoje um decreto para aumentar o exército do país, com previsão de 100 mil novos soldados em três anos, e aumentar o salário dos militares. O movimento acontece em um momento de tensão na fronteira com a Rússia.

Zelensky disse, porém, que a medida não significa que uma guerra está próxima, e pediu a congressistas que fiquem calmos. Autoridades da Holanda, Reino Unido e Polônia, países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), visitarão a capital Kiev nesta semana para tentar reunir apoio internacional para a Ucrânia.

O presidente também disse que o apoio diplomático e militar ao país diante dos temores de um ataque da Rússia é o maior registrado desde 2014, quando Moscou anexou a Crimeia.

"O apoio diplomático à Ucrânia é o maior desde 2014, incondicional e continua. A assistência militar e técnica à Ucrânia é a maior, mais valiosa, e continua chegando", declarou Zelensky no Parlamento.

A Rússia concentrou mais de 100 mil soldados na fronteira com a Ucrânia, o que provocou temores no Ocidente sobre a preparação de uma ofensiva. A embaixada russa afirmou que os soldados "não ameaçam ninguém" e que o país tem o "direito soberano" de mobilizar suas Forças Armadas em seu território.

O governo ainda condiciona baixar as tensões na fronteira ucraniana à obtenção de garantias de sua segurança, incluindo a exigência de que a Ucrânia nunca será um país membro da Otan.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou o presidente russo Vladimir Putin que haverá sanções caso haja uma invasão.

Mais cedo, a embaixada russa em Washington declarou que o país não irá recuar. "Não vamos recuar e ficar quietos, ouvindo as ameaças de sanções dos Estados Unidos", afirmou a embaixada em um texto publicado em sua página do Facebook. "É Washington e não Moscou que gera tensões".

*Com Reuters e AFP