Quem era o líder do EI morto na Síria? EUA ofereciam prêmio de US$ 10 mi
O líder do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurayshi, foi morto em uma operação dos Estados Unidos na Síria, informou hoje o presidente norte-americano Joe Biden. O país oferecia até US$ 10 milhões (R$ 52 milhões) como recompensa para quem tivesse informações que levassem à captura.
Nascido no Iraque, al-Qurayshi tinha 45 anos e foi um dos fundadores da organização. O nome verdadeiro dele era Amir Muhammad Sa'id Abdal-Rahman al-Mawla, mas também usava vários pseudônimos, como Hajii Abdallah, Abdullah Qardash e Amir Muhammad Sa'id 'Abd-al-Rahman Muhammad al-Mula.
Ele liderava o EI desde 2019, quando o então chefe da organização, Abu Bakr al-Baghdadi, morreu em uma ação militar dos EUA na mesma região da Síria.
Segundo funcionários do governo americano, o líder do EI morreu ao detonar uma bomba que carregava, na província de Idlib, próximo da fronteira com a Turquia. O dispositivo também matou integrantes da família dele, incluindo mulheres e crianças. Ao todo, foram 13 mortos na operação, incluindo sete civis. Biden afirmou que nenhum soldado norte-americano foi ferido.
De acordo com informações do Departamento de Justiça norte-americano, al-Qurayshi também foi líder da Al-Qaeda, organização a partir da qual o Estado Islâmico se originou, e teria coordenado sequestros, mortes, e tráfico de pessoas da minoria iazidi, comunidade étnico-religiosa curda.
- No UOL News, o professor de relações internacionais Reginaldo Nasser e o colunista Leonardo Sakamoto comentam a morte do líder do Estado Islâmico
Ele era de uma família de origem turca e um dos pouco não-árabes em postos de liderança do Estado Islâmico. Formado em direito islâmico pela Universidade de Mosul, no Iraque, era profundo conhecedor da sharia, o sistema jurídico do Islã.
Em 2004, Al-Qurayshi foi preso em Camp Bucca, presídio comandado pelos Estados Unidos no Iraque, onde conheceu o antecessor dele no EI, Baghdadi.
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