EUA atuam para Rússia não inserir conflito com Ucrânia na América Latina
Uma autoridade sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos disse ontem que iniciativas russas para desestabilizar o Hemisfério Ocidental ou inserir o conflito com a Ucrânia na região são inaceitáveis, e Washington irá trabalhar com os parceiros da América Latina para preveni-las.
O secretário-assistente de Estado, Brian Nichols, respondia a uma pergunta durante uma audiência do subcomitê da Câmara dos Deputados dos EUA, sobre a ameaça do envio de armamentos a aliados russos como Cuba e Venezuela.
Nichols disse que não quer "responder a qualquer exemplo de fanfarronice russa", mas deixou claro que os EUA não ficarão parados em caso do país liderado por Vladimir Putin inserir o conflito com a Ucrânia na América Latina.
Os Estados Unidos e a União Europeia veem o envio de tropas russas para a fronteira com o país vizinho como preparação para uma guerra com o intuito de evitar que a Ucrânia entre para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar que constitui em um sistema de defesa coletiva através de seus Estados-membros.
Moscou nega a intenção de iniciar uma ofensiva, mas, em contrapartida, exige garantias de que a Ucrânia não venha a se tornar membro da Otan. Além disso, Moscou insiste que os aliados renunciem à presença militar em algumas partes do leste da Europa.
Apesar de Moscou negar que deseje iniciar um conflito, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou na última semana que vê "possibilidade clara" de uma ação militar russa contra a Ucrânia já a partir do mês de fevereiro, segundo informação divulgada pela agência de notícias AP (Associated Press).
O alerta de Biden foi feito ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky por meio de um telefonema. Na ligação, Biden citou a Zelensky o alto grau de probabilidade as forças russas atacarem o território ucraniano ao norte de Kiev, segundo duas pessoas familiarizadas com a conversa à Associated Press.
EUA envia militares para Europa Oriental
Os Estados Unidos enviarão 3 mil militares para vários países da Europa Oriental com o objetivo de apoiar as forças da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O movimento acontece em meio à crise com a Rússia, que, segundo os Estados Unidos, ameaça invadir a Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está enviando nesta semana cerca de 2 mil soldados dos Estados Unidos para Polônia e Alemanha. Outros mil soldados serão reposicionados da Alemanha para a Romênia, no flanco leste da Otan mais próximo da Rússia, disse a autoridade à Reuters.
As tropas dos EUA que foram notificadas sobre a ordem para estarem prontos para partir incluíam equipes adicionais de brigada de combate, pessoal de logística, apoio médico, apoio de aviação e forças envolvidas com missões de inteligência, vigilância e reconhecimento.
Segundo documentos obtidos pelo jornal espanhol El País, os Estados Unidos se dispuseram a não mobilizar mísseis de solo ou forças de combate na Ucrânia caso a Rússia concorde em fazer o mesmo.
Os EUA e seus aliados da Otan também estão prontos para discutir medidas recíprocas para evitar incidentes perigosos no ar ou no mar, e assegurar a Moscou que não há mísseis de cruzeiro Tomahawk estacionados na Romênia e na Polônia, segundo os documentos publicados pelo jornal.
*Com AFP e Reuters
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.