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Países mandam retirar seus cidadãos e diplomatas da Ucrânia após alerta

Pessoas participam de marcha em Kiev, na Ucrânia, falando em resistência em meio à tensão com a Rússia - Valentyn Ogirenko/Reuters
Pessoas participam de marcha em Kiev, na Ucrânia, falando em resistência em meio à tensão com a Rússia Imagem: Valentyn Ogirenko/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

12/02/2022 10h05Atualizada em 12/02/2022 11h52

Vários países já pediram que seus cidadãos deixem a Ucrânia. A situação é gerada por um alerta dos Estados Unidos de a Rússia pode invadir o país europeu "a qualquer momento".

A Alemanha, além de pedir que seus cidadãos deixem o país caso a presença não seja necessária, fechou o consulado em Donetsk, no leste ucraniano; a embaixada em Kiev continua aberta por enquanto.

Os Estados Unidos, por sua vez, ordenaram a retirada de todos os funcionários que não tenham funções emergenciais da embaixada americana na Ucrânia, devido às crescentes tensões com a Rússia, informou neste sábado a representação diplomática americana em Kiev.

"Em 12 de fevereiro, o Departamento de Estado ordenou a saída da maioria dos funcionários contratados dos EUA da embaixada em Kiev devido à contínua ameaça de ação militar russa", disse a embaixada em um novo alerta de viagem para a Ucrânia. Ela indicou ainda que, em consequência da medida, a partir deste domingo "os serviços consulares na embaixada dos EUA em Kiev serão suspensos".

Washington reiterou ainda que não poderá ajudar os americanos que permanecerem na Ucrânia no caso de uma invasão russa. "Os cidadãos dos EUA na Ucrânia devem saber que o governo dos EUA não poderá retirar os cidadãos dos EUA no caso de ação militar russa em qualquer lugar da Ucrânia. A ação militar pode começar a qualquer momento e sem aviso prévio e também afetaria seriamente a capacidade da embaixada de fornecer serviços consulares, incluindo assistência a cidadãos dos EUA que saem da Ucrânia", afirma o aviso.

Assim como os EUA, a Rússia começou a reduzir sua presença diplomática na Ucrânia, justificando essa decisão por medo de "provocações" por parte das autoridades de Kiev, ou de um "terceiro país".

"Temendo as possíveis provocações do regime de Kiev, ou de terceiros países, decidimos, de fato, uma certa otimização do pessoal das representações russas na Ucrânia", disse a porta-voz da diplomacia russa em um comunicado divulgado neste sábado, respondendo a jornalistas sobre a redução de sua presença no país vizinho.

As instituições da União Europeia recomendaram ao pessoal não essencial de sua representação em Kiev que abandone a Ucrânia e trabalhe de forma remota de outros locais.

Países que pediram a saída de seus cidadãos da Ucrânia:

  • Estados Unidos
  • Alemanha
  • Reino Unido
  • Canadá
  • Noruega
  • Nova Zelândia
  • Dinamarca
  • Letônia
  • Estônia
  • Bélgica
  • Austrália
  • Holanda

Na sexta-feira (11), os Estados Unidos anunciaram que enviarão mais 3 mil militares para Polônia. Eles se juntarão aos 1,7 mil soldados americanos que começaram a chegar na semana passada ao país.

O destacamento destes militares é temporário e complementa os mais de 80.000 soldados americanos que se encontram na Europa em missões permanentes ou rotativas.

Além de enviar esses soldados, os EUA têm em seu território 8.500 soldados em "alerta elevado", que estão prontos para serem mobilizados.

(Com DW e AFP)