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Biden: Risco de a Rússia invadir a Ucrânia nos próximos dias é 'muito alto'

Colaboração para o UOL

17/02/2022 12h19Atualizada em 17/02/2022 14h01

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que a chance de a Rússia invadir a Ucrânia nos próximos dias é "muito alta". Biden afirmou aos repórteres, quando saía da Casa Branca, que não há nenhuma intenção de telefonar para o presidente russo, Vladimir Putin, neste momento.

Temos motivos para acreditar que eles estão fazendo uma operação de pretexto para ter uma desculpa para entrar. Todas as indicações que temos são de que eles estão preparados para entrar na Ucrânia, atacar a Ucrânia.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos

Minha percepção é de que isso vai acontecer nos próximos dias.

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Biden ainda disse que não leu uma nova resposta, escrita por Putin, às propostas dos EUA para uma saída diplomática para a crise. O presidente norte-americano afirmou que há "uma via diplomática" e que o secretário de Estado, Antony Blinken, "definirá qual é essa via", em um discurso hoje na ONU (Organização das Nações Unidas).

As forças militares russas cercaram grande parte das fronteiras da Ucrânia como parte de uma tentativa de derrubar as políticas pró-ocidentais do país, incluindo seu objetivo de longo prazo de ingressar na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Rússia anuncia retirada de tropas

A Rússia anunciou hoje que iniciou a retirada de mais tropas da fronteira com a Ucrânia, enquanto o governo dos Estados Unidos insiste que Moscou continua reforçando o contingente para uma possível invasão da ex-república soviética.

"O ministro da Defesa anunciou que algumas fases dos exercícios estão chegando ao fim, e que os militares retornarão a suas bases pouco a pouco", declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"É um processo que levará algum tempo", explicou.

Apesar da movimentação russa, os Estados Unidos acusam os russos de enviar mais 7 mil soldados para a fronteira com a Ucrânia nos últimos dias. A informação é dos canais norte-americanos CNN e Sky News, que atribuíram a fala a um funcionário do alto escalão do governo. Segundo os veículos, essa pessoa teria dito que as promessas russas de desmobilizar as tropas são falsas.

"Todas as indicações que temos até o momento é que eles planejam oferecer diálogos e declarar o fim da escalada em público, enquanto se preparam para guerra no privado", teria dito à CNN.

Segundo essa estimativa, agora haveria mais de 150 mil soldados da Rússia na fronteira com o país vizinho, embora o Kremlin tenha anunciado que retirou parte do efetivo.

Vice embaixador é expulso da Rússia

A Rússia "expulsou" o número dois da embaixada dos Estados Unidos em Moscou, Bart Gorman, informou também hoje o Departamento de Estado, denunciando uma "escalada" na crise na Ucrânia.

"Pedimos à Rússia que acabe com as expulsões infundadas de diplomatas americanos" e "estamos estudando nossa resposta", disse um porta-voz do Departamento de Estado à AFP.

Ele acrescentou que a ação contra o diplomata "não foi provocada". "Agora, mais do que nunca, é crucial que nossos países tenham o pessoal diplomático necessário para facilitar a comunicação entre nossos governos", disse ele.

*Com informações da Reuters e AFP