Ucrânia diz que escola foi atingida por ataque russo; não há mortos
A Ucrânia afirmou que um ataque russo atingiu hoje de manhã um jardim de infância na cidade Luhansk, localizada no leste ucraniano e dominada por rebeldes. Imagens mostram um buraco na parede e destroços dentro do prédio.
Segundo o governo da Ucrânia, não há registro de mortos, mas dois adultos sofreram concussões. O porta-voz das forças armadas da Ucrânia, Pavlo Kovalchuk, informou ao site Sky News que o ataque foi realizado às 9h05 (horário local), por membros de uma ocupação russa.
Kovalchuk disse que outras infraestruturas da cidade também foram danificadas após o ataque. "Vimos um aumento na quantidade de bombardeios e no calibre dos projéteis usados, mas a situação está sob controle".
Ele negou que as forças armadas da Ucrânia tenham começado a bombardear os territórios mantidos por separatistas apoiados pela Rússia. "Estamos seguindo o Acordo de Minsk", respondeu.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, escreveu nas redes sociais que Luhanska "foi bombardeada com armas pesadas do território ocupado de Donbas [nome da região do leste composta por Donetsk e Luhansk]. A infraestrutura civil foi danificada".
"Pedimos a todos os parceiros que condenem rapidamente esta grave violação dos acordos de Minsk pela Rússia em meio a uma situação de segurança já tensa."
Após o ataque na escola infantil, o Kremlin declarou que está "profundamente preocupado" com o aumento da violência no leste da Ucrânia. O porta-voz Dmitry Peskov disse esperar que o Ocidente use sua influência em Kiev para evitar uma nova escalada.
Guerra de versões sobre situação militar
Uma guerra de versões sobre a situação militar na Ucrânia explodiu após o registro de ataques entre rebeldes pró-Rússia e forças de Kiev no leste da Ucrânia, segundo apurou a Folha de S.Paulo.
De um lado, os separatistas, que dominam parte da Ucrânia desde 2014, dizem que foram atacados pelo governo ucraniano. Já Kiev diz que foi alvo de bombas e insiste que a Rússia está criando um pretexto para invadir a região —a hipótese foi levantada pelos Estados Unidos.
A Reuters ressaltou que ainda não foi possível determinar se os relatos de disparos de artilharia representam uma nova escalada ou se está no padrão de violações do cessar-fogo que tem sido rotina ao longo do conflito entre separatistas e forças da Ucrânia.
"A situação na linha de contato escalou dramaticamente. O inimigo está tentando lançar hostilidades", disse no seu canal do Telegram a autoproclamada República Popular de Donetsk, uma das duas áreas separatistas.
Os separatistas acusaram as forças da Ucrânia de abrir fogo em seu território quatro vezes nas últimas 24 horas. Se a situação continuar a escalar, a alta tensão entre Ucrânia e Rússia pode atingir um novo nível.
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