Rússia remove diplomatas da Ucrânia por 'ameaças de violência física'
A Rússia anunciou que removerá seu corpo diplomático da Ucrânia por medo de ameaças a diplomatas e trabalhadores de consulados, segundo anúncio do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Desde 2014, a Embaixada Russa em Kiev e os Consulados Gerais de nosso país em Odessa, Lviv e Kharkiv têm sido submetidos a repetidos ataques", disse o comunicado do ministério. Além disso, os diplomatas russos teriam recebido "ameaças de violência física" e seus veículos "foram incendiados".
"A Ucrânia mergulhou ainda mais fundo no caos", acrescentou o comunicado. Várias embaixadas ocidentais se mudaram de Kiev para a cidade de Lviv, perto da fronteira polonesa, ao mesmo em tempo em que os Estados Unidos e seus aliados acusavam a Rússia de planejar há meses um ataque à Ucrânia.
Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu como independentes as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e assinou acordos com elas, abrindo as portas para a presença militar no país. Hoje, o Parlamento da Rússia ratificou a decisão.
A declaração de hoje foi emitida logo depois que o Conselho da Federação Russa aprovou um pedido de Putin para enviar tropas ao exterior, em meio a preocupações sobre uma possível guerra com a Ucrânia.
Entrada na Ucrânia "dependerá no terreno"
O presidente russo Vladimir Putin afirmou nesta tarde que a entrada do Exército na Ucrânia "dependerá da situação no terreno". Ele disse ainda que a "melhor solução" para acabar com a crise seria Kiev desistir de seu desejo de se juntar à Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte), mas que acordos de paz "já não existem".
A Otan afirmou que a Rússia planeja um ataque de grande escala na região: "Tudo sugere que a Rússia está planejando um ataque maciço na Ucrânia" depois de enviar tropas para os territórios separatistas pró-russos de Donbas, no leste do país, disse o secretário-geral do órgão, Jens Stoltenberg após uma reunião extraordinária da comissão OTAN-Ucrânia na sede da Aliança em Bruxelas.
*Com informações da AFP
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