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EUA: Invasão da Rússia na Ucrânia pode deslocar até 5 milhões de pessoas

Embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield - REUTERS/Joshua Roberts
Embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield Imagem: REUTERS/Joshua Roberts

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

23/02/2022 14h10Atualizada em 23/02/2022 14h57

Uma invasão russa na Ucrânia pode gerar uma "nova crise de refugiados" com até cinco milhões de pessoas deslocadas, alertou a embaixadora dos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York.

"Se a Rússia continuar nesse caminho, pode - de acordo com nossas estimativas - criar uma nova crise de refugiados, uma das maiores do mundo hoje", disse a embaixadora Linda Thomas-Greenfield.

Em pronunciamento feito na abertura da Assembleia Geral pelo secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que o mundo está enfrentando "um momento de perigo" com a crise na Ucrânia.

Para Guterres, além disso, "a decisão da Rússia de reconhecer a chamada 'independência' das regiões de Donetsk e Lugansk - e ações subsequentes - são violações da integridade territorial e soberania da Ucrânia e são incompatíveis com os princípios da Carta da ONU".

Mais tarde, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, tomou a palavra, enfatizando que a Ucrânia não era uma ameaça para a Rússia.

"A Ucrânia nunca planejou nem está planejando nenhuma operação militar em Donbass", disse ele sobre as alegações russas de ações militares de Kiev na região leste onde esses enclaves separatistas pró-Rússia estão localizados.

Kuleba pediu à ONU que tome "medidas concretas e rápidas" para impedir a escalada, que ele diz ser alimentada pelo avanço militar das tropas russas. "O início de uma guerra em grande escala na Ucrânia será o fim da ordem mundial como a conhecemos", alertou Kuleba, enfatizando: "Queremos a paz!"

A reunião da Assembleia Geral com a participação de todos os 193 membros da ONU é uma sessão anual para discutir os "territórios temporariamente ocupados da Ucrânia", realizada desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.

* Com informações da AFP