Cônsul da Ucrânia em SP cobra pronunciamento de Bolsonaro em prol do país
O cônsul honorário da Ucrânia em São Paulo, Jorge Rybka, afirmou que a diplomacia brasileira tem tido uma boa atuação na situação global envolvendo a invasão da Rússia ao país vizinho. No entanto, Rybka disse que a comunidade ucraniana no Brasil deseja um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"A comunidade gostaria que ele [Bolsonaro] tivesse ido à Ucrânia nesse momento, que precedia essa madrugada triste", falou à CNN brasileira. "A comunidade de mais de 600 mil [descendentes e ucranianos radicados no Brasil] gostaria de um pronunciamento de Bolsonaro, porque esse ataque é algo terrível e não sabemos até onde vai", ressaltou.
Para o cônsul, Bolsonaro não ter visitado a Ucrânia mesmo sendo convidado foi um "problema de agenda", já que historicamente os países possuem uma boa relação.
Apesar de considerar correta a forma como o Ministério das Relações Exteriores tem se posicionado, o cônsul ponderou que os ucranianos gostariam que a diplomacia "fosse mais efetiva".
Problemas de comunicação e desalojados
Rybka confirmou que as falhas na comunicação com pessoas que estão na Ucrânia continuam, por consequência dos ataques russos ao país. "Há dificuldades, atrasos e delays", falou.
A dificuldade de se obter notícias deixa todos com o coração apertado, estamos preocupados e ainda buscamos a paz e diplomacia que for possível. Pedimos que haja um retrocesso [ da invasão]. A guerra tem 8 anos, é sem precedentes o que está acontecendo agora. Tomaram várias regiões, a usina de Chernobyl, é preocupante o que possa ainda acontecer
Ressaltando a tristeza do momento, o cônsul confirmou que muitos ucranianos têm se deslocado para a Polônia, "que mantém suas fronteiras abertas. O ataque não é localizado, está em todas as regiões da Ucrânia", disse.
Ataques deixaram 137 mortos
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta sexta-feira (25, noite de quinta-feira no Brasil) a morte de pelo menos 137 cidadãos ucranianos no primeiro dia da invasão russa ao país.
"137 heróis, nossos cidadãos" perderam a vida, disse o presidente em um vídeo publicado no site do governo, acrescentando que outros 316 ucranianos ficaram feridos nos combates.
A Ucrânia combate as tropas russas em quase toda extensão de sua fronteira com a Rússia. Os principais conflitos acontecem nas regiões de Sumy, Kharkhiv, Kherson, Odessa e em um aeroporto militar perto de Kiev, disse um conselheiro do gabinete presidencial ucraniano.
A autoridade ucraniana também disse que a Rússia tenta entrar em Kiev pelo espaço aéreo. A capital abriga as instalações do governo.
(Com informações da AFP)
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