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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Biden ordena envio de mais forças para apoiar aliados da Otan na Europa

O presidente dos EUA, Joe Biden - Jim WATSON / AFP
O presidente dos EUA, Joe Biden Imagem: Jim WATSON / AFP

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 17h48

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou que enviará mais forças militares para apoiar os aliados da Otan (Organização do Tratado Atlântico Norte) na Europa, em meio à invasão da Rússia na Ucrânia. Mais cedo, o bloco já havia dito que reforçaria as defesas terrestres e aéreas.

"Ordenei o envio de forças adicionais para aumentar nossas capacidades na Europa para apoiar os aliados da Otan", falou Biden, por meio de comunicado da Casa Branca. "Como disse ontem, os Estados Unidos defenderão cada centímetro do território da Otan", adicionou.

O chefe norte-americano reforçou estar comprometido com o artigo 5º dos membros da Otan, que estipula que, caso um dos países do bloco seja atacado, os outros irão ajudar e revidar.

"O presidente [Vladimir] Putin falhou em seu objetivo de dividir o Ocidente", afirmou Biden.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

Assim como na nota da Otan, pouco foi dito diretamente sobre como o governo norte-americano auxiliará os ucranianos. Um dos motivos que fez estourar a tensão entre Rússia e Ucrânia foi a tentativa ucraniana de se integrar ao bloco.

Ontem, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, disse que seu país foi abandonado. "Quem está disposto a lutar conosco? Não vejo ninguém. Quem está disposto a dar à Ucrânia uma garantia de adesão à Otan? Todos estão com medo", lamentou.

Comunicado da Otan

Hoje à tarde (horário de Brasília), a Otan afirmou que tomará todas as medidas necessárias para assegurar a segurança dos países aliados, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Estados Unidos, Canadá e países europeus aliados movimentaram a região da aliança. Temos mais de 100 jets operando em mais de 30 localidades diferentes e mais de 120 navios da região norte ao Mediterrâneo, incluindo três grupos de ataque. Não deve haver espaço para erros de cálculo ou compreensões equivocadas
Jens Stoltenberg

"Temos destacado forças defensivas terrestres e aéreas na parte oriental da aliança, além de recursos marítimos em toda a área da Otan", disse o comunicado.

Para o grupo internacional, a Rússia "tem total responsabilidade pelo conflito", especialmente por ter "rejeitado o caminho da diplomacia oferecido repetidamente pela Otan e por seus aliados".

A decisão do presidente [Vladimi] Putin de atacar a Ucrânia é um terrível erro estratégico. A Rússia pagará um preço severo, tanto economicamente quanto politicamente, pelos anos que virão
Comunicado da Otan, publicado nesta sexta-feira (25)

Na nota, a Otan ainda acusou a Rússia de romper com a Carta das Nações Unidas, um tratado de 1945 assinado por 50 países que se comprometeram com a busca por paz, direitos humanos e igualdade. A então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e atual Rússia, é signatária da Carta.

Apesar de outras ameaças russas contra novos possíveis membros da Otan, a Filândia e a Suécia foram convidadas e participaram da reunião de hoje.