Rússia nega assinatura de documentos após 2ª negociação com Ucrânia
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou, hoje (4), a expectativa da Rússia assinar algum documento formal após a segunda rodada de negociações com a Ucrânia, realizada ontem (3).
"Ainda não há conversa sobre (assinar) nenhum documento. As conversas que ocorreram foram uma boa oportunidade para transmitir claramente nossa visão desse problema", disse em uma teleconferência com jornalistas, segundo a CNN Internacional.
Peskov afirmou que as rodadas de negociações são uma forma dos dois países se posicionarem sem o que chamou de "intermediários desnecessários". "É uma oportunidade para as delegações transmitirem umas às outras todos os elementos de posições sem intermediários desnecessários. Elementos de nossa posição foram trazidos à atenção do lado ucraniano."
Rússia e Ucrânia concordam em montar corredor de fuga
Após quase três horas, Rússia e Ucrânia terminaram a segunda rodada de negociações sobre o conflito que teve início na última quinta-feira (24). Diferente da primeira conversa —que terminou sem acordo—, ontem, os países concordaram em montar um corredor de fuga para os civis.
A informação foi divulgada inicialmente pela agência de notícias russa Tass e confirmada por autoridades ucranianas. "As partes chegaram a um entendimento sobre a criação conjunta de corredores humanitários com um cessar-fogo temporário", disse o conselheiro presidencial da Ucrânia Mykhailo Podolyak.
Os corredores humanitários são áreas consideradas seguras, pelas quais civis poderão escapar. Não foram divulgados detalhes sobre quando, onde e como eles vão funcionar na Ucrânia.
- Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais notícias no UOL News com Fabíola Cidral:
Russos tomam controle de usina nuclear
Autoridades ucranianas afirmaram hoje que forças russas assumiram o controle da usina nuclear de Zaporizhzhia, localizada em Energodar, no sudoeste do país, e considerada a maior do tipo na Europa. Um incêndio atingiu o local após uma série de bombardeios russos, mas já foi controlado. Não há registro de vazamento de radiação no local. Três militares ucranianos morreram e outros dois ficaram feridos. Hoje, a invasão russa ao território ucraniano chega ao nono dia.
A Rússia, porém, responsabilizou a Ucrânia, dizendo que militares do país incendiaram um prédio da usina. Os russos alegam que controlam a central nuclear desde o final de fevereiro.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, declarou que Moscou apelou para "terrorismo nuclear" ao bombardear a usina e que os russos quererem "repetir" a tragédia nuclear de Chernobyl, ocorrida em 1986. A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) criticou os russos pela ação contra a central nuclear.
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